O espírito se manifesta com um corpo, que podemos definir como energético, vaporoso, sutil, astral...
enfim, uma espécie de cobertura que permite que ele se manifeste e interaja no meio em que vive.
Esse corpo, o elo de ligação do espírito com o corpo físico, é chamado de perispírito. Geralmente, nos seres ainda vinculados ao nosso planeta, ele tem a mesma aparência do corpo físico que o espírito tinha na última encarnação.
Mesmo você, que está encarnado, possui o perispírito. É um corpo etéreo; por isso, os espíritos mais depurados conseguem se mover com a velocidade de um pensamento, penetrando toda matéria. Eles podem, inclusive, irradiar seu pensamento para vários pontos, fazendo-se presente em todos.
Os espíritos comunicam-se conosco, agem em nosso meio de acordo com suas possibilidades, ao mesmo tempo em que mantêm toda uma sociedade no mundo espiritual que se assemelha em muito com nosso modo de viver, conforme a evolução daqueles que a compõem. Dessa forma, os espíritos são uma realidade muito próxima da gente, e podem trazer o amparo ou a desgraça de muitos.
Muitos ouvintes me ligam, durante o programa Música e Mensagem, que apresento na Rádio Mundial, às 16h, todos os sábados, para perguntar como fazer para se proteger das “energias negativas”. Dizem que quando entram em um ambiente, muitas vezes se sentem cansados, angustiados...
Em primeiro lugar, esclareço que tudo começa em nosso mundo interior, ou seja, em nossa intimidade.
Precisamos, ao longo da nossa vida, no dia a dia, cultivarmos o hábito de analisar nossas reações diante das circunstâncias. Precisamos desenvolver, progressivamente, a capacidade de colocarmos nossa atenção no agora. Eckhart Tolle nos oferece lições belíssimas sobre o poder do agora. Ele afirma no livro O
poder do Agora:
“Nossa mente é um instrumento, uma ferramenta. Está ali para ser usada em uma tarefa específica e depois ser deixada de lado. Sendo assim, eu poderia afirmar que 80% a 90% dos pensamentos não só são repetitivos e inúteis, mas, por conta de uma natureza frequentemente negativa, são também nocivos.
Observe sua mente e verificará como isso é verdade. Essa atitude causa uma perda significativa de energia vital”. - Recomendo muito a leitura desse livro.
Portanto, em primeiro lugar, precisamos tomar consciência dos nossos pensamentos e emoções. Ao estarmos presentes, sem julgar, sem criticar, mas apenas percebendo, ampliamos nosso grau de consciência; saímos do “piloto automático” e passamos a canalizar nossa energia para algo mais específico. Isso inclui, sim, uma posterior autoanálise.
Portanto, a busca pelo autoconhecimento é fundamental.
Conforme vamos nos conhecendo, conseguimos discernir melhor quais são os nossos padrões emocionais e condicionamentos mentais e o que nos é estranho, ou seja, vem de fora. E esse “fora” inclui a influência energética de espíritos – encarnados e desencarnados.
Mas, quando falamos de assédio espiritual, não podemos nos colocar em uma posição de vítimas e acharmos que os espíritos são culpados pelo que acontece em nossa vida. Sim, eles têm influência, mas nós temos o livre-arbítrio de cedermos ou não às suas sugestões.
E mais: se eles nos atingem, quase sempre é porque nós mesmos os atraímos. Isso ocorre devido à sintonia espiritual que existe entre as pessoas.
Então, precisamos ter a coragem de assumir nossa responsabilidade diante dos assédios e obsessões e mudar nosso padrão interior.
Seja através de pesquisas ou por meio de técnicas e práticas individuais, precisamos manter um contato mais direto com os espíritos protetores. Ainda que nem todos sejamos médiuns, todos sentimos em maior ou menor grau a influência dos espíritos.
Práticas de bioenergia, técnicas para desenvolver a clarividência... tudo isso independe da mediunidade em si.
Claro que o desenvolvimento da nossa sensibilidade psíquica deve ser natural, com muito estudo e acompanhamento. Estudar ou saber de cor os conceitos espiritualistas é pouco. Transcenda seus limites!
Exerça sua mediunidade, procure aprender sobre projeção astral, aprenda técnicas para harmonizar