Modalidades de Vampirismo
Denomina-se vampirismo ao fato de um ser (humano ou pseudo-humano) aspirar o fluido vital de um outro ser (humano).
Assim, o vampirismo é uma forma de enfeitiçamento e, como este último, deve ser classificado na Magia pessoal.
Pode ser distinguido de várias maneiras:
1º – O vampirismo egoísta, quando o vampiro atua por sua própria conta;
2° – O vampirismo altruísta, quando o vampiro atua por conta de terceiros.
Por outro lado, o vampirismo pode ser:
a) Inconsciente;
b) Consciente.
Em geral, o vampirismo é praticado por um ser mais idoso sobre um "sujeito" menos idoso.
As forças vitais que um vampiro aspira de um indivíduo beneficiam-no em detrimento de sua vítima.
(Div. Aut.)
O vampirismo afeta formas variadas. Quando duas pessoas se vêem constantemente, não é raro que uma ganhe um certo ascendente sobre a outra. Então, a pessoa dominante subtrai, consciente ou inconscientemente, uma parte dos fluidos daquela que é dominada. Trata-se de uma das formas de vampirismo mais difundidas (daí que, por vezes, os processos dos tribunais criminais fornecem ao júri uma impressão positiva).
Em uma certa Magia – verdadeira, mas degenerada – utiliza-se este fenômeno, formando uma egrégora voluntária, que então demonstra sua "influência" ao redor – frequentemente para o mal, mas também para o bem. Admite-se que, desta forma, o vampirismo poderia alcançar uma intensidade bastante forte – muito maior, em todo caso, que se o vampiro fosse uma única pessoa. Numerosos arrebatamentos de frenesi que são constatados historicamente nas multidões e nos povos não têm outra origem, embora os documentos deixem de atestá-lo: é somente através de pontos de referência, muito particulares, que se pode chegar a suspeitar disso.
Entretanto, a forma de vampirismo mais corrente é aquela a que se deu o nome de mau olhado. Geralmente, tal fato é encarado como "superstição": uma delas, sem dúvida, é a crença popular no mau olhado (bastante difundida na Itália), conhecida como "olho mau". De qualquer modo, o fato existe, devidamente constatado; evidentemente, não é tão comum como se afirma embora seja inegável.
(Doc. Fr. – Doc. Part.)
A pessoa pode prevenir-se contra o vampirismo fechando as mãos, com os polegares sob os outros dedos, afastando os pés quando na vizinhança da pessoa que se suspeita seja um vampiro e tendo o cuidado, bem entendido, de manter a firme vontade de não permitir a subtração da menor parcela de sua "aura".
(E. B.)
Pode-se completar o gesto da mão, tendo o polegar fechado contra a palma, o médio e o anular dobrados sobre ele e projetando o indicador e o mínimo. Trata-se do gesto denominado "formar os chifres".
(Ita.)
Para conseguir-se uma proteção particularmente eficaz, coloca-se ao peito a mão formando os chifres, na altura da região do grande simpático, com os chifres voltados para o exterior.
(Boh.)
A simples tomada de contato com o sistema fluídico geral da Terra por vezes é suficiente para evitar o vampirismo passageiro, ocasionado por um mau encontro (isto é, com alguém cujos elementos planetários sejam opostos aos seus). Entra-se em contato com o sistema fluídico terrestre, tocando-se o ferro, por exemplo, um metal bom condutor, mas é preciso que o mesmo esteja em comunicação com a terra.