“O homem erudito é um descobridor de fatos que já existem – mas o homem sábio é um criador de valores que não existem e que ele faz existir.” Albert Einstein
Venho tratando a algumas colunas sobre a necessidade de incorporarmos os ensinamentos espiritualistas em nosso dia-a-dia, em rompermos a barreira do “eruditismo magístico” e assumirmos a postura de um verdadeiro alterador da realidade que nos cerca.
Hoje cedo tive a oportunidade de ler uma entrevista do ilustre Frater Goya (recomendadíssima) que trouxeram algumas inquietações e passaram o dia martelando meu ego e instigando minha imaginação, porém, foi durante a meditação diário do Omer que as questões motivadores desta postagem surgiram:
Até que ponto somos realmente livres? Somos mesmo donos de nossa Vontade? De que forma colocamos nossa Vontade em prática?
Somos mesmo buscadores na senda do conhecimento ou apenas eruditos ocultistas adormecidos nos ombros dos gigantes?
Diferente dos gigantes ao qual pelo menos os ombros buscamos alcançar, hoje o acesso ao conhecimento é vasto. A internet e por que não a “globalização” nos deu a impressão de que a busca é mais simples, e a facilidade com que encontramos materiais sobre qualquer assunto “oculto” acabou por deformar alguns conceitos e práticas de outrora.
O que mais temos encontrado nos “meios ocultistas”, como bem disse Frater Goya, são “estantes vivas”, cheias de conhecimentos e dogmatismos, porém empoeiradas pela falta de práticas de magia. Veja bem, usei propositalmente o termo “práticas de magia” justamente para diferenciar do comum “magia prática”, pois estou falando de coisas totalmente diferentes.
Muitos são os que leem bibliografias inteiras de autores famosos, conhecem as principais ciências espiritualistas e praticamente decoraram os principais livros sagrados, além de as obras referência de sua vertente mágica favorita. Conhecem diversos rituais na teoria e todas as janelas astrológicas de consagração, mas sequer possuem um amuleto ou altar pessoal, ou mesmo já realizaram um ritual de limpeza ou banimento. Seriam esses os “eruditos ocultistas”?
Existem também os mais diretos, que procuram conhecer um pouco das bibliografias clássicas mas focam seus estudos na sua vertente magística favorita, e inserem em sua rotina práticas mágicas relacionadas a esta. São esses os verdadeiros magistas?
Há também uma variação que abriga ambos, uma mistura de um “erudito” que agrega a sua rotina práticas magísticas diversas. Seria esse então o modelo ideal?
Se “Magia é a Arte ou Ciência de causar mudanças com a força da Vontade”, como está escrito no Livro de Toth, onde essa mudança está acontecendo? Apenas no interior de cada um? Seria a magia algo tão egoísta que só serve para a transformação individual? Eu discordo!
Como podemos nos considerar magistas, transformadores da realidade pelo exercício de nossa Vontade enquanto temos nossos direitos distorcidos por governos opressores? Enquanto temos nossas dignidades humilhadas por chefes ou cônjuges autoritários e individualistas?
Como podemos nos considerar “evoluídos” enquanto ainda somos homofóbicos? ou ficamos indiferentes ao presenciar a discriminação a uma mulher, um negro ou deficiente?
Como ousamos nos considerar “espiritualizados” enquanto ignoramos uma criança pedindo dinheiro em um sinal, um mendigo passando fome ou um animal sendo maltratado debaixo de nossos olhos?
Não seria um ato de magia lutar pela transformação da sociedade ao nosso redor? Transformar todos os conceitos que aprendemos com as vertentes espiritualistas em práticas da nossa Vontade em prol do crescimento coletivo?
Somos mesmo livres-pensadores ou apenas alimentamos nosso ego e eruditismo com foco em um “além-vida” ainda distante, enquanto deixamos para trás tudo aquilo que ainda podemos transformar aqui mesmo em Malkuth?
Vamos aproveitar todo o conhecimento adquirido para transformar a realidade ao nosso redor. a nossa realidade, ou apenas para nos “elevarmos” dela e adentrarmos cada vez mais na matrix?
A escolha é somente nossa.
“A ninguém devais coisa alguma, senão o amor recíproco; pois quem ama ao próximo tem cumprido a Lei.” Romanos 13:8
Venho tratando a algumas colunas sobre a necessidade de incorporarmos os ensinamentos espiritualistas em nosso dia-a-dia, em rompermos a barreira do “eruditismo magístico” e assumirmos a postura de um verdadeiro alterador da realidade que nos cerca.
Hoje cedo tive a oportunidade de ler uma entrevista do ilustre Frater Goya (recomendadíssima) que trouxeram algumas inquietações e passaram o dia martelando meu ego e instigando minha imaginação, porém, foi durante a meditação diário do Omer que as questões motivadores desta postagem surgiram:
Até que ponto somos realmente livres? Somos mesmo donos de nossa Vontade? De que forma colocamos nossa Vontade em prática?
Somos mesmo buscadores na senda do conhecimento ou apenas eruditos ocultistas adormecidos nos ombros dos gigantes?
Diferente dos gigantes ao qual pelo menos os ombros buscamos alcançar, hoje o acesso ao conhecimento é vasto. A internet e por que não a “globalização” nos deu a impressão de que a busca é mais simples, e a facilidade com que encontramos materiais sobre qualquer assunto “oculto” acabou por deformar alguns conceitos e práticas de outrora.
O que mais temos encontrado nos “meios ocultistas”, como bem disse Frater Goya, são “estantes vivas”, cheias de conhecimentos e dogmatismos, porém empoeiradas pela falta de práticas de magia. Veja bem, usei propositalmente o termo “práticas de magia” justamente para diferenciar do comum “magia prática”, pois estou falando de coisas totalmente diferentes.
Muitos são os que leem bibliografias inteiras de autores famosos, conhecem as principais ciências espiritualistas e praticamente decoraram os principais livros sagrados, além de as obras referência de sua vertente mágica favorita. Conhecem diversos rituais na teoria e todas as janelas astrológicas de consagração, mas sequer possuem um amuleto ou altar pessoal, ou mesmo já realizaram um ritual de limpeza ou banimento. Seriam esses os “eruditos ocultistas”?
Existem também os mais diretos, que procuram conhecer um pouco das bibliografias clássicas mas focam seus estudos na sua vertente magística favorita, e inserem em sua rotina práticas mágicas relacionadas a esta. São esses os verdadeiros magistas?
Há também uma variação que abriga ambos, uma mistura de um “erudito” que agrega a sua rotina práticas magísticas diversas. Seria esse então o modelo ideal?
Se “Magia é a Arte ou Ciência de causar mudanças com a força da Vontade”, como está escrito no Livro de Toth, onde essa mudança está acontecendo? Apenas no interior de cada um? Seria a magia algo tão egoísta que só serve para a transformação individual? Eu discordo!
Como podemos nos considerar magistas, transformadores da realidade pelo exercício de nossa Vontade enquanto temos nossos direitos distorcidos por governos opressores? Enquanto temos nossas dignidades humilhadas por chefes ou cônjuges autoritários e individualistas?
Como podemos nos considerar “evoluídos” enquanto ainda somos homofóbicos? ou ficamos indiferentes ao presenciar a discriminação a uma mulher, um negro ou deficiente?
Como ousamos nos considerar “espiritualizados” enquanto ignoramos uma criança pedindo dinheiro em um sinal, um mendigo passando fome ou um animal sendo maltratado debaixo de nossos olhos?
Não seria um ato de magia lutar pela transformação da sociedade ao nosso redor? Transformar todos os conceitos que aprendemos com as vertentes espiritualistas em práticas da nossa Vontade em prol do crescimento coletivo?
Somos mesmo livres-pensadores ou apenas alimentamos nosso ego e eruditismo com foco em um “além-vida” ainda distante, enquanto deixamos para trás tudo aquilo que ainda podemos transformar aqui mesmo em Malkuth?
Vamos aproveitar todo o conhecimento adquirido para transformar a realidade ao nosso redor. a nossa realidade, ou apenas para nos “elevarmos” dela e adentrarmos cada vez mais na matrix?
A escolha é somente nossa.
“A ninguém devais coisa alguma, senão o amor recíproco; pois quem ama ao próximo tem cumprido a Lei.” Romanos 13:8