“O sino da Igrejinha
Faz belém blem blam
Deu meia-noite
O galo já cantou
Seu Tranca Ruas
Que é dono da gira
Oi corre gira
Que ogum mandou”
Saudações Caros Irmãos de Fé!
Inicio pedindo licença a todos os irmãos que me acompanham e orientam pela esquerda para falar em vossos nomes, saudando suas forças e solicitando que iluminem minhas ideias!
Exu ainda é um grande tabu da religião de Umbanda. Historicamente foram discriminados e mal compreendidos por membros de outras religiões e até mesmos por praticantes e sacerdotes de Umbanda, e vejo até hoje alguns desses preconceitos perturbarem a mente de simpatizantes e médiuns dessa linda religião, inclusive, chegando a atrapalhar na incorporação dester irmãos devido a bloqueio que criam pela ideia negativa que possuem desta Entidade.
A ideia que muitos ainda possuem é de que Exus são espíritos involuídos, de pouca luz e presos em vícios carnais, pela utilização do Fumo e do Marafo nos seus trabalhos e também pelo seu comportamento dito “debochado”, devido às estrondosas gargalhadas que costumam dar durante seus atendimentos. Todas essas características, vistas pelos ignorantes de seus fundamentos, contribuíram para o sincretismo errôneo dos Exus com o Diabo da Igreja Católica, causando medo em muitos e facilitando seu uso como bode expiatório pelos Neo Pentecostais.
Imagem de um Exu retratado como Diabo Católico
Essas mesmas ideias, inclusive, levaram alguns irmãos de Umbanda, ainda não compreendendo o trabalho destes, a contribuírem com este movimento de “crucificação” dos Exus. Como foi o caso do médium Aluizio Fontenelle, que, em 1966, escreveu um livro que compara Exus com os demônios da Goécia, prestando um enorme desserviço a Umbanda e atrasando por alguns anos a compreensão destas entidades, além de dar vazão a mente humana para representa-los através daquelas imagens de corpo vermelho, com pés de bode e rabos em flecha, que até hoje são vistas em algumas terreiros ou casas do gênero…
Muito distante de todo esse folclore criado em seu entorno estão os verdadeiros Exus, Espíritos de humanos desencarnados que, após compreenderem e consertarem os erros e desvios que cometeram à Lei Maior enquanto encarnados, aceitaram assentarem-se ao lado esquerdo do Criador e trabalharem como Executores desta Lei que agora compreendem. São espíritos que trabalham, sim, NA escuridão, porém, EM PRÓL da LUZ, a serviço do Orixá Ogum, senhor da Lei e dos Caminhos, e na vibração do Orixá Exu, senhor da Vitalidade.
Quando falamos em esquerda estamos falando em polaridades. Na Direita, nosso racional e consciente, atuam os Caboclos, Pretos Velhos, Erês, Boiadeiros, Baianos…, linhas de trabalho que são habitadas por espíritos de diversas origens, responsáveis por trabalhar a polaridade positiva dos Orixás ao qual representam, irradiando suas energias. Já os Exus atuam na Esquerda, nosso emocional e inconsciente, trabalhando a polaridade negativa de todas essas linhas, e são responsáveis por absorver e esgotar a negatividade que atinge a nós encarnados, quebrando demandas e desmanchando magias negativas. Mesmo que as quebras de demanda sejam feitas por espíritos da Direita, é através dos Exus que elas são descarregadas, e são eles os responsáveis por encaminhar os espíritos sofredores que atormentam os encarnados, de acordo com a Lei Maior e com o seu merecimento, aos seus devidos locais no Astral.
Outro papel importante desses trabalhadores da fé é zelar pela segurança dos Templos durante os trabalhos (de todos os tipos, inclusive igrejas!), evitando que os mesmo sejam perturbados por espíritos de pouca luz ou até mesmo evitando que seus frequentadores levem consigo cargas negativas que podem prejudica-los. Além disso, os Guardiões da Lei Maior, como também são conhecidos, auxiliam na segurança dos Espíritos que trabalham em zonas Umbralinas. Se você já leu algum livro de André Luiz ou Emmanuel já deve ter visto eles comentarem sobre estes Guardiões, que na Umbanda recebem o nome de Exu. Simples assim.
Imagem de Exu utilizada atualmente
Existem diversos argumentos utilizados por aqueles que desconhecem o trabalho dos Guardiões para inferioriza-los. Um argumento que li outro dia é de que “se os Exus fossem espíritos de luz, não se comportariam de forma grosseira e falando palavrões”. Outro argumento também muito comum é comparar os Exus de Lei (como são chamados aqueles que trabalham sobre a benção de Pai Oxalá) com aquilo que se manifesta em certas Igrejas Neo Pentecostais e que utilizam nomes simbólicos das falanges de trabalho dos Exus (Caveira, Omulú, Tranca Ruas), como se assim o fossem. Duas falácias sem tamanho que vamos desmistificar aqui.
Primeiro, eu concordo que falar palavrões talvez não seja uma “atitude de espíritos de luz” (embora isso ser fruto de nosso preconceito, mas vamos concordar…), e assim não fazem os Exus! Eu já presenciei algumas destas cenas desagradáveis e já ouvi histórias muito piores sobre comportamentos equivocados de médiuns que se dizem incorporados com seu Exu de Trabalho. O que acontece é que, na maioria das vezes, não existe Exu nenhum incorporado ali, é apenas o subconsciente do médium que acredita estar incorporado e pratica atos que julga (ou leu, ouviu falar…) serem o comportamento de um Exu. Outras vezes a entidade até está presente, mas o animismo do médium comete atos que não correspondem ao seu comportamento, atrapalhando e prejudicando o trabalho da mesma.
No segundo caso, usei o temo aquilo pois creio que existam dois tipos de manifestações nestas Igrejas: As sérias e as teatrais. Nas manifestações sérias, o que ali se auto denomina Exu, na verdade, são espíritos de pouca luz, espíritos obsessores que, por decorrência de alguma afinidade, acerto de contas ou algo do tipo, perturbam a vida daquela pessoa, que na maioria das vezes possui algum grau de mediunidade não conhecido. Estes espíritos, quando se manifestam nas sessões, apresentam-se com nomes de Exus pois creem ser estes nomes de seres das trevas, da mesma forma que acreditavam e acreditam ainda alguns. Quanto às manifestações teatrais, prefiro não comentar…
Eu poderia me estender por diversas páginas esclarecendo mitos e lendas sobre estes irmãos e sobre como seu trabalho é realizado, mas vou deixar um canal aberto para que vocês leitores coloquem aqui suas dúvidas em relação aos Exus. Se você ouviu alguma história fantástica ou tem alguma dúvida sobre eles, por favor, comente aqui e eu responderei com maior prazer, dentro daquilo que eu conheço e do resultado dos meus estudos, pesquisas e diálogos com estes Executores da Lei Maior.
Para complementar, eu recomendo a todos que tenham interesse neste Mistério de Deus que leiam o livro O Guardião da Meia Noite, obra psicografada por Pai Rubens Saraceni que auxilia na compreensão do trabalhos dos Exus.
Laroyê Exu! Salve os Exus, Executores da Lei Maior e Trabalhadores Fieis de Deus.
Exu é Mojubá!
Faz belém blem blam
Deu meia-noite
O galo já cantou
Seu Tranca Ruas
Que é dono da gira
Oi corre gira
Que ogum mandou”
Saudações Caros Irmãos de Fé!
Inicio pedindo licença a todos os irmãos que me acompanham e orientam pela esquerda para falar em vossos nomes, saudando suas forças e solicitando que iluminem minhas ideias!
Exu ainda é um grande tabu da religião de Umbanda. Historicamente foram discriminados e mal compreendidos por membros de outras religiões e até mesmos por praticantes e sacerdotes de Umbanda, e vejo até hoje alguns desses preconceitos perturbarem a mente de simpatizantes e médiuns dessa linda religião, inclusive, chegando a atrapalhar na incorporação dester irmãos devido a bloqueio que criam pela ideia negativa que possuem desta Entidade.
A ideia que muitos ainda possuem é de que Exus são espíritos involuídos, de pouca luz e presos em vícios carnais, pela utilização do Fumo e do Marafo nos seus trabalhos e também pelo seu comportamento dito “debochado”, devido às estrondosas gargalhadas que costumam dar durante seus atendimentos. Todas essas características, vistas pelos ignorantes de seus fundamentos, contribuíram para o sincretismo errôneo dos Exus com o Diabo da Igreja Católica, causando medo em muitos e facilitando seu uso como bode expiatório pelos Neo Pentecostais.
Imagem de um Exu retratado como Diabo Católico
Essas mesmas ideias, inclusive, levaram alguns irmãos de Umbanda, ainda não compreendendo o trabalho destes, a contribuírem com este movimento de “crucificação” dos Exus. Como foi o caso do médium Aluizio Fontenelle, que, em 1966, escreveu um livro que compara Exus com os demônios da Goécia, prestando um enorme desserviço a Umbanda e atrasando por alguns anos a compreensão destas entidades, além de dar vazão a mente humana para representa-los através daquelas imagens de corpo vermelho, com pés de bode e rabos em flecha, que até hoje são vistas em algumas terreiros ou casas do gênero…
Muito distante de todo esse folclore criado em seu entorno estão os verdadeiros Exus, Espíritos de humanos desencarnados que, após compreenderem e consertarem os erros e desvios que cometeram à Lei Maior enquanto encarnados, aceitaram assentarem-se ao lado esquerdo do Criador e trabalharem como Executores desta Lei que agora compreendem. São espíritos que trabalham, sim, NA escuridão, porém, EM PRÓL da LUZ, a serviço do Orixá Ogum, senhor da Lei e dos Caminhos, e na vibração do Orixá Exu, senhor da Vitalidade.
Quando falamos em esquerda estamos falando em polaridades. Na Direita, nosso racional e consciente, atuam os Caboclos, Pretos Velhos, Erês, Boiadeiros, Baianos…, linhas de trabalho que são habitadas por espíritos de diversas origens, responsáveis por trabalhar a polaridade positiva dos Orixás ao qual representam, irradiando suas energias. Já os Exus atuam na Esquerda, nosso emocional e inconsciente, trabalhando a polaridade negativa de todas essas linhas, e são responsáveis por absorver e esgotar a negatividade que atinge a nós encarnados, quebrando demandas e desmanchando magias negativas. Mesmo que as quebras de demanda sejam feitas por espíritos da Direita, é através dos Exus que elas são descarregadas, e são eles os responsáveis por encaminhar os espíritos sofredores que atormentam os encarnados, de acordo com a Lei Maior e com o seu merecimento, aos seus devidos locais no Astral.
Outro papel importante desses trabalhadores da fé é zelar pela segurança dos Templos durante os trabalhos (de todos os tipos, inclusive igrejas!), evitando que os mesmo sejam perturbados por espíritos de pouca luz ou até mesmo evitando que seus frequentadores levem consigo cargas negativas que podem prejudica-los. Além disso, os Guardiões da Lei Maior, como também são conhecidos, auxiliam na segurança dos Espíritos que trabalham em zonas Umbralinas. Se você já leu algum livro de André Luiz ou Emmanuel já deve ter visto eles comentarem sobre estes Guardiões, que na Umbanda recebem o nome de Exu. Simples assim.
Imagem de Exu utilizada atualmente
Existem diversos argumentos utilizados por aqueles que desconhecem o trabalho dos Guardiões para inferioriza-los. Um argumento que li outro dia é de que “se os Exus fossem espíritos de luz, não se comportariam de forma grosseira e falando palavrões”. Outro argumento também muito comum é comparar os Exus de Lei (como são chamados aqueles que trabalham sobre a benção de Pai Oxalá) com aquilo que se manifesta em certas Igrejas Neo Pentecostais e que utilizam nomes simbólicos das falanges de trabalho dos Exus (Caveira, Omulú, Tranca Ruas), como se assim o fossem. Duas falácias sem tamanho que vamos desmistificar aqui.
Primeiro, eu concordo que falar palavrões talvez não seja uma “atitude de espíritos de luz” (embora isso ser fruto de nosso preconceito, mas vamos concordar…), e assim não fazem os Exus! Eu já presenciei algumas destas cenas desagradáveis e já ouvi histórias muito piores sobre comportamentos equivocados de médiuns que se dizem incorporados com seu Exu de Trabalho. O que acontece é que, na maioria das vezes, não existe Exu nenhum incorporado ali, é apenas o subconsciente do médium que acredita estar incorporado e pratica atos que julga (ou leu, ouviu falar…) serem o comportamento de um Exu. Outras vezes a entidade até está presente, mas o animismo do médium comete atos que não correspondem ao seu comportamento, atrapalhando e prejudicando o trabalho da mesma.
No segundo caso, usei o temo aquilo pois creio que existam dois tipos de manifestações nestas Igrejas: As sérias e as teatrais. Nas manifestações sérias, o que ali se auto denomina Exu, na verdade, são espíritos de pouca luz, espíritos obsessores que, por decorrência de alguma afinidade, acerto de contas ou algo do tipo, perturbam a vida daquela pessoa, que na maioria das vezes possui algum grau de mediunidade não conhecido. Estes espíritos, quando se manifestam nas sessões, apresentam-se com nomes de Exus pois creem ser estes nomes de seres das trevas, da mesma forma que acreditavam e acreditam ainda alguns. Quanto às manifestações teatrais, prefiro não comentar…
Eu poderia me estender por diversas páginas esclarecendo mitos e lendas sobre estes irmãos e sobre como seu trabalho é realizado, mas vou deixar um canal aberto para que vocês leitores coloquem aqui suas dúvidas em relação aos Exus. Se você ouviu alguma história fantástica ou tem alguma dúvida sobre eles, por favor, comente aqui e eu responderei com maior prazer, dentro daquilo que eu conheço e do resultado dos meus estudos, pesquisas e diálogos com estes Executores da Lei Maior.
Para complementar, eu recomendo a todos que tenham interesse neste Mistério de Deus que leiam o livro O Guardião da Meia Noite, obra psicografada por Pai Rubens Saraceni que auxilia na compreensão do trabalhos dos Exus.
Laroyê Exu! Salve os Exus, Executores da Lei Maior e Trabalhadores Fieis de Deus.
Exu é Mojubá!