Pressuposto
O Um é, foi e sempre será o ser, a substância, a inteligência, a consciência, que permeia, penetra e envolve tudo o que existiu, existe e virá a existir.
Separação
Se do Um veio tudo, então tudo partiu de sua própria “substância”.
Essa substância, para que fosse diferenciada, dividiu-se em infinitas partes, de formas diversas e proporções diversas, em n dimensões e em n vibrações ou frequências, semeando o Cosmos com sua diversidade.
Cada semente/partícula/”coisa”, apesar de diferenciada do Um, continuava sendo uma diminuta parte do Um, contendo a sua essência [1].
Re-união
Quando essa divisão e essa disseminação alcançou seu ápice, o que aconteceu? O que acontece quando um pêndulo alcança a altura máxima? O que acontece quando uma pedra é atirada para cima e chega ao ponto mais alto? Ora, pela observação, deduz-se, como já se deduziu, que toda ação gera uma reação, de mesmo módulo e direção, porém, em sentidos opostos. E essa Lei, se é Natural, haveria de funcionar desde o primeiro momento da Natureza. Então, respondendo à primeira questão: quando a divisão alcançou seu ápice, houve um breve momento de pausa. Seria esse o momento de “descanso” do Criador mencionado na Bíblia? Talvez.
Voltando ao nosso raciocínio: após essa pausa, toda a substância diferenciada passaria, naturalmente, a se reagrupar, a se juntar, a se unir novamente.
As partículas seriam reunidas, ao longo das Eras, de acordo com inúmeros critérios. Por polaridade. Por afinidade. Por semelhanças. Essas partículas iriam se reunindo e se reorganizando. E, da organização, surgiriam as mais diversas formas, nos mais diversos tamanhos. Do microscópico ao macroscópico. Tudo obedeceria (e obedece) a um padrão, tendo uma parte visível e outra, invisível.
O aumento da complexidade e da organização das partículas passaria a fazer com que germinassem aspectos ocultos do Um em cada um desses seres. A consciência holográfica[1] do Um se despertaria, pouco a pouco, em cada um deles. Essas consciências, como deveria de ser, passariam a revelar e a experimentar as dimensões ao seu redor, relativamente à sua progressão no plano Cósmico.
Todas as atividades desses “agentes”, dessas criaturas, fossem como fossem, somente ajudariam o desenrolar das Leis. Ajudariam a re-união, a reintegração da Substância Una. Pois esses seres se juntariam e se reproduziriam, e alimentariam-se de toda matéria viva de seu ambiente. Sem perceber, estariam fazendo exatamente o que tinham de fazer, contribuindo para o que viria a ser a conclusão de uma Era.
Gradualmente, suas formas iriam tornando-se cada vez mais complexas, cada vez mais evoluídas, cada vez mais conscientes. E, quanto mais evoluídas iriam se tornando, mais próximas do Um ficariam. Mais características do Um despertariam. Pois esse é o comportamento de um holograma: quanto mais suas partes são reunidas, mais completo e definido ele se torna, aproximando-se do que realmente é.
E assim, quando tudo o que foi dividido se reuniu, a Substância Única estaria formada novamente. A partir desse ponto, qual seria o próximo passo? O que acontece quando um pêndulo atinge o seu ponto mais alto?
Ele começa o caminho de volta. Novamente. Ad Infinitum[2].
***
[1] Holograma/Holografia: O nome Holografia vem do grego holos (todo, inteiro) e graphos (sinal, escrita), pois é um método de registro “integral” da informação com relevo e profundidade.
Os hologramas possuem uma característica única: cada parte deles possui a informação do todo. Assim, um pequeno pedaço de um holograma terá informações de toda a imagem do mesmo holograma completo. Ela poderá ser vista na íntegra, mas a partir de um ângulo restrito. A comparação pode ser feita com uma janela: se a cobrirmos, deixando um pequeno buraco na cobertura, permitiremos a um espectador continuar a observar a paisagem do outro lado. Porém, por conta do buraco, de um ângulo muito restrito; mas ainda se conseguirá ver a paisagem.
Este conceito de registro “total”, no qual cada parte possui as informações do todo, é utilizado em outras áreas, como na Neurologia, na Neuro-fisiologia e na Neuro-psicologia, para explicar como o cérebro armazena as informações ou como a nossa memória funciona.
Fonte
[2] Ad Infinitum: obrigado, Rafael Arrais, por ter escrito seu livro. Ele foi uma peça fundamental para complementar o quebra-cabeças que trago em mim sobre todos aqueles assuntos relacionados e me ajudou a concluir a tese contida no texto acima. Grato!
O Um é, foi e sempre será o ser, a substância, a inteligência, a consciência, que permeia, penetra e envolve tudo o que existiu, existe e virá a existir.
Separação
Se do Um veio tudo, então tudo partiu de sua própria “substância”.
Essa substância, para que fosse diferenciada, dividiu-se em infinitas partes, de formas diversas e proporções diversas, em n dimensões e em n vibrações ou frequências, semeando o Cosmos com sua diversidade.
Cada semente/partícula/”coisa”, apesar de diferenciada do Um, continuava sendo uma diminuta parte do Um, contendo a sua essência [1].
Re-união
Quando essa divisão e essa disseminação alcançou seu ápice, o que aconteceu? O que acontece quando um pêndulo alcança a altura máxima? O que acontece quando uma pedra é atirada para cima e chega ao ponto mais alto? Ora, pela observação, deduz-se, como já se deduziu, que toda ação gera uma reação, de mesmo módulo e direção, porém, em sentidos opostos. E essa Lei, se é Natural, haveria de funcionar desde o primeiro momento da Natureza. Então, respondendo à primeira questão: quando a divisão alcançou seu ápice, houve um breve momento de pausa. Seria esse o momento de “descanso” do Criador mencionado na Bíblia? Talvez.
Voltando ao nosso raciocínio: após essa pausa, toda a substância diferenciada passaria, naturalmente, a se reagrupar, a se juntar, a se unir novamente.
As partículas seriam reunidas, ao longo das Eras, de acordo com inúmeros critérios. Por polaridade. Por afinidade. Por semelhanças. Essas partículas iriam se reunindo e se reorganizando. E, da organização, surgiriam as mais diversas formas, nos mais diversos tamanhos. Do microscópico ao macroscópico. Tudo obedeceria (e obedece) a um padrão, tendo uma parte visível e outra, invisível.
O aumento da complexidade e da organização das partículas passaria a fazer com que germinassem aspectos ocultos do Um em cada um desses seres. A consciência holográfica[1] do Um se despertaria, pouco a pouco, em cada um deles. Essas consciências, como deveria de ser, passariam a revelar e a experimentar as dimensões ao seu redor, relativamente à sua progressão no plano Cósmico.
Todas as atividades desses “agentes”, dessas criaturas, fossem como fossem, somente ajudariam o desenrolar das Leis. Ajudariam a re-união, a reintegração da Substância Una. Pois esses seres se juntariam e se reproduziriam, e alimentariam-se de toda matéria viva de seu ambiente. Sem perceber, estariam fazendo exatamente o que tinham de fazer, contribuindo para o que viria a ser a conclusão de uma Era.
Gradualmente, suas formas iriam tornando-se cada vez mais complexas, cada vez mais evoluídas, cada vez mais conscientes. E, quanto mais evoluídas iriam se tornando, mais próximas do Um ficariam. Mais características do Um despertariam. Pois esse é o comportamento de um holograma: quanto mais suas partes são reunidas, mais completo e definido ele se torna, aproximando-se do que realmente é.
E assim, quando tudo o que foi dividido se reuniu, a Substância Única estaria formada novamente. A partir desse ponto, qual seria o próximo passo? O que acontece quando um pêndulo atinge o seu ponto mais alto?
Ele começa o caminho de volta. Novamente. Ad Infinitum[2].
***
[1] Holograma/Holografia: O nome Holografia vem do grego holos (todo, inteiro) e graphos (sinal, escrita), pois é um método de registro “integral” da informação com relevo e profundidade.
Os hologramas possuem uma característica única: cada parte deles possui a informação do todo. Assim, um pequeno pedaço de um holograma terá informações de toda a imagem do mesmo holograma completo. Ela poderá ser vista na íntegra, mas a partir de um ângulo restrito. A comparação pode ser feita com uma janela: se a cobrirmos, deixando um pequeno buraco na cobertura, permitiremos a um espectador continuar a observar a paisagem do outro lado. Porém, por conta do buraco, de um ângulo muito restrito; mas ainda se conseguirá ver a paisagem.
Este conceito de registro “total”, no qual cada parte possui as informações do todo, é utilizado em outras áreas, como na Neurologia, na Neuro-fisiologia e na Neuro-psicologia, para explicar como o cérebro armazena as informações ou como a nossa memória funciona.
Fonte
[2] Ad Infinitum: obrigado, Rafael Arrais, por ter escrito seu livro. Ele foi uma peça fundamental para complementar o quebra-cabeças que trago em mim sobre todos aqueles assuntos relacionados e me ajudou a concluir a tese contida no texto acima. Grato!