Sou um poder primordial, ancestral e divino. Sou anterior a tudo e a todos.
Não sirvo aos fracos, apenas aos fortes, fortes de caráter, fortes em retidão, fortes no amor, fortes na guerra, fortes na fé, fortes em suas virtudes, fortes em virtuosismo, fortes em sua ética.
Aos fracos, eu não sirvo, mas os deixo loucos, loucos em sua sede de poder, loucos em suas arrogâncias, loucos em sua soberba, loucos em seu ego, loucos em suas paixões e apegos desenfreados por tudo que é material.
São fracos todos aqueles que não têm a coragem de assumir sua personalidade; são fracos todos aqueles que sustentam falsos moralismos na tentativa de esconder seus desejos mais baixos; são fracos todos aqueles que vivem diminuindo aos outros na tentativa de se sentirem melhores ou maiores; são fracos os que só encontram diversão na ironia que agride; são fracos todos aqueles que, para se sentirem poderosos, querem controlar tudo e todos.
Estes fracos me procuram, estes fracos me perseguem, estes fracos sempre acabam vindo a mim para me pedir tudo o que não se sentem capazes de realizar por si mesmos. Estes fracos sempre caem nas armadilhas do destino, se corrompem, se vendem por ninharias. E não estou falando de vender o corpo e sim daqueles que venderam suas almas, que têm suas consciências prostituídas, estou falando daqueles que prostituem seus sonhos, estou falando dos fracos que se cobrem de joias e perfumes na intenção de disfarçar sua feiura interior e sua podridão tão inevitavelmente exposta.
Aos fracos, eu reservo as loucuras consideradas tão normais neste mundo de valores invertidos. Aos fracos é permitido, por algum tempo, se deliciarem na mentira de seus egos e jogos de poder, que lhes causam um frenesi fútil e diminuto. A estes fracos, que considero mortos por não conseguirem viver sua essência verdadeira, que é também divina como a minha, um dia acompanharei em suas descidas nas trevas.
Não no inferno católico, mas em seu inferno particular e independente de qualquer religião, em suas trevas interiores que conduzem aos abismos de suas dores mais profundas. São estes fracos que preferiram esconder suas dores, que preferiram fingir que não carregam decepções. São estes fracos que não conseguiram forças para se olhar no espelho.
Então, um dia, eu serei o vosso espelho e não precisarão mais continuar jogando sua podridão no semelhante, não precisarão mais continuar apontando o dedo para tudo e para todos, mostrando seus próprios vícios.
Eu mesmo chegarei cheio de virtudes, eu mesmo chegarei cheio de alegria pela vida, eu mesmo chegarei com força e virilidade, eu chegarei grande em poder, chegarei com todas as qualidades que você finge ter e tantas outras que finge não ter, em sua hipocrisia sem limites. Chegarei exultante em coragem absoluta, chegarei sem vacilar, chegarei com toda a impetuosidade que os seus medos mais profundos não lhe permitem ter ou possuir.
Sou irreverente e é por isso que me divirto com certas situações. Me divirto ao me mostrar aos falsos moralistas, me divirto quando sentados em cima de sua podridão ou de cima do castelo de seus egos apontam o dedo e me chamam de demônio.
Me divirto por que sempre que me mostro para estes hipócritas vou vestido de espelho, vou plasmado e transfigurado com suas sombra, me cubro com seus vícios e me coloco de frente para eles.
Neste momento, eu represento tudo o que está reprimido em seu ser, lhes ofereço a oportunidade de limpar sua alma, lhes dou a chance de relaxar um pouco na vida para se despreocupar com tantas bobagens de um mundo frágil e inconsistente.
Sou Orixá Exu, junto de Dionísio, eu lhes ofereço o vinho que inebria os sentidos e lhes convida a ver a vida com outros olhos. Mas ainda assim a grande maioria acorda de uma ilusão apenas para cair dentro de outra ilusão, acordam de um sonho dentro de outro sonho. Abandonam o ego vulgar, num sentido mais baixo, e assumem o ego por sentidos mais nobres, mas ainda assim continuam apegados, orgulhosos, vaidosos.
São homens apegados nas virtudes. Estes me divertem mais ainda porque acreditam ser melhores do que os outros, por serem virtuosos, mas se esquecem de que o virtuosismo é algo muito além disso, este é o falso virtuosismo, o virtuosismo feito para impressionar. São homens viciados na autoimagem de virtuoso, viciados no “desapego”, fazem de tudo para sustentar esta imagem. Estão sempre julgando, pesando e avaliando o outro, que é sempre “pecador”, diante de sua santidade virtuosa.
Muitos são considerados santos, sustentam esta imagem por uma vida inteira, são santos de barro ou de pau oco. Um dia vão se deparar com Caronte, o barqueiro, que leva as almas deste mundo para o outro, passarão pelas portas de Obaluayê, depositarão seus corações nas mãos de Maat, ao lado de Omulu.
Conhecerão a Justiça de Xangô e a Lei de Ogum, verão que a pena de Oxóssi, empunhada por Thot, anotou todas as suas ações e que tudo o que importa é quais sentimentos moveram cada uma de suas ações, e não a ação em si. Descobrirão que cada situação da vida é uma encruzilhada e que eu estou em todas as encruzilhadas.
Eu, Exu Orixá, chego com um poder que não pode ser dominado, apenas compartilhado. Não posso ser controlado, apenas aceito. Não posso ser manipulado, apenas posso ser agradado. E a única forma de me agradar verdadeiramente é com suas virtudes. Nada me agrada mais que o virtuosismo humano, nada me agrada mais que atender a quem me chama para ajudar seu semelhante.
A estes, eu sirvo com amor e satisfação, não faço nada por obrigação, não trabalho para resgatar dívidas, trabalho por prazer. Sim, é isto que me move: o desejo e o prazer, e coloco todo o meu poder, minha força e vitalidade na casa das virtudes.
O virtuoso é sempre alguém de coração tranquilo, pois não alimenta expectativas e nem espera recompensas.
O virtuoso, de fato, é o forte que não necessita de se autoafirmar. O virtuoso é o forte de fato.
O virtuoso é alguém que simplesmente é o que é e não pretender ser nada além de mais um alguém realizado consigo mesmo.
Sou um Deus antigo
EU SOU ORIXÁ EXU. Sou um Deus antigo, por isso conheço todos os outros deuses, conheço todas as divindades, conheço todas as suas religiões. Sou anterior à criação deste mundo, eu assisti os sete dias da criação, que na verdade aconteceram num tempo em que o tempo não era contado ainda.
Por isso não sou trevas, sou anterior à Luz e às Trevas, que na verdade não passam de um conceito humano para julgar uma dualidade que é apenas humana.
Sou anterior ao dia e à noite. Luz e Trevas são conceitos criados para o homem aprender a lidar com seu livre arbítrio, logo o homem os associou ao seu simbolismo metafísico de dia e noite.
Antes de ser criada a razão humana, eu já existia, portanto nunca serei compreendido em minha totalidade, pois sua razão não dá conta de algo tão transcendente quanto eu. Sou maior que todos vocês juntos, porque cada um de vocês é apenas um indivíduo, cada um de vocês é apenas um ego manifesto. EU SOU ausência de Ego e, ao mesmo tempo, sou profundamente conhecedor desta natureza humana, pois eu assisti à sua criação. Conheço o ego humano a fundo e sei que cada um pinta o seu mundo particular com as tintas do seu ego.
Assim sou eu, visto no espelho da sua alma e pintado com as tintas do seu ego.
O dia em que conseguirem vencer de forma absoluta este ego, então seremos iguais, apenas mistérios de nosso criador, em que não existe um mistério melhor do que o outro.
Todos os mistérios são mistérios iguais em importância, eu e você seremos um, quando
você aprender a se perder de si mesmo e se entregar a algo maior, ao seu eu essencial e divino. Abandone todo o medo da morte e, junto, abandone todos os outros medos, então estaremos livres e descobriremos que a eterna luta entre vícios e virtudes é tão infantil quanto o apego de crianças por brinquedos que inevitavelmente se tornarão velhos e desinteressantes, assim que aparecer um brinquedo novo.
O Medo
Todos vivem com medo neste mundo.
EU SOU ORIXÁ EXU, represento a superação do medo, a coragem absoluta, a coragem de ser quem você é. O medo é o que faz um animal se tornar agressivo; é o medo que cria a separação, o abismo social; o medo faz com que poucos dominem muitos; o medo faz o mais fraco, o mais medroso, se armar até os dentes com tudo o quê pode para subjulgar o forte, o forte de espírito, aquele que não necessita de um falso e efêmero poder para se sentir menos fraco que sua frágil natureza.
Assim, eu represento a coragem de seguir seu coração, a coragem que está acima das convenções sociais, a coragem que está além das máscaras, a coragem de vencer seus condicionamentos. Sou eu que estou lá nas encruzilhadas do tempo, nas mudanças de padrões e paradigmas. Sou eterno e estive presente em todas as encruzilhadas, assistindo à morte de valores antigos por valores novos considerados melhores e superiores.
Tenho assistido ao homem, geração após geração, criar novos paradigmas, substituir velhas ilusões por novas ilusões. Tenho visto, vejo e continuarei a ver o homem colocar a mentira em seu altar, afirmar como verdade absoluta suas pequenas verdades.
Civilização após civilização, eu vejo um povo subjulgando o outro, é sempre a lei do mais forte, e esta tem sido a regra. Novos mundos se criam em cima de morte, barbárie e destruição. O culto, o nobre e o civilizado sempre matando cruelmente todos que considera bárbaros.
E quantas vezes este movimento é feito em nome de Deus, deste Deus tão humano, que na fraca concepção teológica distorcida é alguém que deve ser temido, o Deus que castiga. Este é o mundo do medo, o mundo dos valores invertidos.
O fraco é considerado forte, o simples é considerado bárbaro e o poder material continua nas mãos dos corrompidos.
Por isso, este é o mundo da ilusão, o mundo onde todos vivem como autômatos; um mundo onde todos estão mortos, robotizados, dormindo na leseira de seus egos.
EU SOU ORIXÁ EXU e tudo isso eu tenho visto.
Não sirvo aos fracos, apenas aos fortes, fortes de caráter, fortes em retidão, fortes no amor, fortes na guerra, fortes na fé, fortes em suas virtudes, fortes em virtuosismo, fortes em sua ética.
Aos fracos, eu não sirvo, mas os deixo loucos, loucos em sua sede de poder, loucos em suas arrogâncias, loucos em sua soberba, loucos em seu ego, loucos em suas paixões e apegos desenfreados por tudo que é material.
São fracos todos aqueles que não têm a coragem de assumir sua personalidade; são fracos todos aqueles que sustentam falsos moralismos na tentativa de esconder seus desejos mais baixos; são fracos todos aqueles que vivem diminuindo aos outros na tentativa de se sentirem melhores ou maiores; são fracos os que só encontram diversão na ironia que agride; são fracos todos aqueles que, para se sentirem poderosos, querem controlar tudo e todos.
Estes fracos me procuram, estes fracos me perseguem, estes fracos sempre acabam vindo a mim para me pedir tudo o que não se sentem capazes de realizar por si mesmos. Estes fracos sempre caem nas armadilhas do destino, se corrompem, se vendem por ninharias. E não estou falando de vender o corpo e sim daqueles que venderam suas almas, que têm suas consciências prostituídas, estou falando daqueles que prostituem seus sonhos, estou falando dos fracos que se cobrem de joias e perfumes na intenção de disfarçar sua feiura interior e sua podridão tão inevitavelmente exposta.
Aos fracos, eu reservo as loucuras consideradas tão normais neste mundo de valores invertidos. Aos fracos é permitido, por algum tempo, se deliciarem na mentira de seus egos e jogos de poder, que lhes causam um frenesi fútil e diminuto. A estes fracos, que considero mortos por não conseguirem viver sua essência verdadeira, que é também divina como a minha, um dia acompanharei em suas descidas nas trevas.
Não no inferno católico, mas em seu inferno particular e independente de qualquer religião, em suas trevas interiores que conduzem aos abismos de suas dores mais profundas. São estes fracos que preferiram esconder suas dores, que preferiram fingir que não carregam decepções. São estes fracos que não conseguiram forças para se olhar no espelho.
Então, um dia, eu serei o vosso espelho e não precisarão mais continuar jogando sua podridão no semelhante, não precisarão mais continuar apontando o dedo para tudo e para todos, mostrando seus próprios vícios.
Eu mesmo chegarei cheio de virtudes, eu mesmo chegarei cheio de alegria pela vida, eu mesmo chegarei com força e virilidade, eu chegarei grande em poder, chegarei com todas as qualidades que você finge ter e tantas outras que finge não ter, em sua hipocrisia sem limites. Chegarei exultante em coragem absoluta, chegarei sem vacilar, chegarei com toda a impetuosidade que os seus medos mais profundos não lhe permitem ter ou possuir.
Sou irreverente e é por isso que me divirto com certas situações. Me divirto ao me mostrar aos falsos moralistas, me divirto quando sentados em cima de sua podridão ou de cima do castelo de seus egos apontam o dedo e me chamam de demônio.
Me divirto por que sempre que me mostro para estes hipócritas vou vestido de espelho, vou plasmado e transfigurado com suas sombra, me cubro com seus vícios e me coloco de frente para eles.
Neste momento, eu represento tudo o que está reprimido em seu ser, lhes ofereço a oportunidade de limpar sua alma, lhes dou a chance de relaxar um pouco na vida para se despreocupar com tantas bobagens de um mundo frágil e inconsistente.
Sou Orixá Exu, junto de Dionísio, eu lhes ofereço o vinho que inebria os sentidos e lhes convida a ver a vida com outros olhos. Mas ainda assim a grande maioria acorda de uma ilusão apenas para cair dentro de outra ilusão, acordam de um sonho dentro de outro sonho. Abandonam o ego vulgar, num sentido mais baixo, e assumem o ego por sentidos mais nobres, mas ainda assim continuam apegados, orgulhosos, vaidosos.
São homens apegados nas virtudes. Estes me divertem mais ainda porque acreditam ser melhores do que os outros, por serem virtuosos, mas se esquecem de que o virtuosismo é algo muito além disso, este é o falso virtuosismo, o virtuosismo feito para impressionar. São homens viciados na autoimagem de virtuoso, viciados no “desapego”, fazem de tudo para sustentar esta imagem. Estão sempre julgando, pesando e avaliando o outro, que é sempre “pecador”, diante de sua santidade virtuosa.
Muitos são considerados santos, sustentam esta imagem por uma vida inteira, são santos de barro ou de pau oco. Um dia vão se deparar com Caronte, o barqueiro, que leva as almas deste mundo para o outro, passarão pelas portas de Obaluayê, depositarão seus corações nas mãos de Maat, ao lado de Omulu.
Conhecerão a Justiça de Xangô e a Lei de Ogum, verão que a pena de Oxóssi, empunhada por Thot, anotou todas as suas ações e que tudo o que importa é quais sentimentos moveram cada uma de suas ações, e não a ação em si. Descobrirão que cada situação da vida é uma encruzilhada e que eu estou em todas as encruzilhadas.
Eu, Exu Orixá, chego com um poder que não pode ser dominado, apenas compartilhado. Não posso ser controlado, apenas aceito. Não posso ser manipulado, apenas posso ser agradado. E a única forma de me agradar verdadeiramente é com suas virtudes. Nada me agrada mais que o virtuosismo humano, nada me agrada mais que atender a quem me chama para ajudar seu semelhante.
A estes, eu sirvo com amor e satisfação, não faço nada por obrigação, não trabalho para resgatar dívidas, trabalho por prazer. Sim, é isto que me move: o desejo e o prazer, e coloco todo o meu poder, minha força e vitalidade na casa das virtudes.
O virtuoso é sempre alguém de coração tranquilo, pois não alimenta expectativas e nem espera recompensas.
O virtuoso, de fato, é o forte que não necessita de se autoafirmar. O virtuoso é o forte de fato.
O virtuoso é alguém que simplesmente é o que é e não pretender ser nada além de mais um alguém realizado consigo mesmo.
Sou um Deus antigo
EU SOU ORIXÁ EXU. Sou um Deus antigo, por isso conheço todos os outros deuses, conheço todas as divindades, conheço todas as suas religiões. Sou anterior à criação deste mundo, eu assisti os sete dias da criação, que na verdade aconteceram num tempo em que o tempo não era contado ainda.
Por isso não sou trevas, sou anterior à Luz e às Trevas, que na verdade não passam de um conceito humano para julgar uma dualidade que é apenas humana.
Sou anterior ao dia e à noite. Luz e Trevas são conceitos criados para o homem aprender a lidar com seu livre arbítrio, logo o homem os associou ao seu simbolismo metafísico de dia e noite.
Antes de ser criada a razão humana, eu já existia, portanto nunca serei compreendido em minha totalidade, pois sua razão não dá conta de algo tão transcendente quanto eu. Sou maior que todos vocês juntos, porque cada um de vocês é apenas um indivíduo, cada um de vocês é apenas um ego manifesto. EU SOU ausência de Ego e, ao mesmo tempo, sou profundamente conhecedor desta natureza humana, pois eu assisti à sua criação. Conheço o ego humano a fundo e sei que cada um pinta o seu mundo particular com as tintas do seu ego.
Assim sou eu, visto no espelho da sua alma e pintado com as tintas do seu ego.
O dia em que conseguirem vencer de forma absoluta este ego, então seremos iguais, apenas mistérios de nosso criador, em que não existe um mistério melhor do que o outro.
Todos os mistérios são mistérios iguais em importância, eu e você seremos um, quando
você aprender a se perder de si mesmo e se entregar a algo maior, ao seu eu essencial e divino. Abandone todo o medo da morte e, junto, abandone todos os outros medos, então estaremos livres e descobriremos que a eterna luta entre vícios e virtudes é tão infantil quanto o apego de crianças por brinquedos que inevitavelmente se tornarão velhos e desinteressantes, assim que aparecer um brinquedo novo.
O Medo
Todos vivem com medo neste mundo.
EU SOU ORIXÁ EXU, represento a superação do medo, a coragem absoluta, a coragem de ser quem você é. O medo é o que faz um animal se tornar agressivo; é o medo que cria a separação, o abismo social; o medo faz com que poucos dominem muitos; o medo faz o mais fraco, o mais medroso, se armar até os dentes com tudo o quê pode para subjulgar o forte, o forte de espírito, aquele que não necessita de um falso e efêmero poder para se sentir menos fraco que sua frágil natureza.
Assim, eu represento a coragem de seguir seu coração, a coragem que está acima das convenções sociais, a coragem que está além das máscaras, a coragem de vencer seus condicionamentos. Sou eu que estou lá nas encruzilhadas do tempo, nas mudanças de padrões e paradigmas. Sou eterno e estive presente em todas as encruzilhadas, assistindo à morte de valores antigos por valores novos considerados melhores e superiores.
Tenho assistido ao homem, geração após geração, criar novos paradigmas, substituir velhas ilusões por novas ilusões. Tenho visto, vejo e continuarei a ver o homem colocar a mentira em seu altar, afirmar como verdade absoluta suas pequenas verdades.
Civilização após civilização, eu vejo um povo subjulgando o outro, é sempre a lei do mais forte, e esta tem sido a regra. Novos mundos se criam em cima de morte, barbárie e destruição. O culto, o nobre e o civilizado sempre matando cruelmente todos que considera bárbaros.
E quantas vezes este movimento é feito em nome de Deus, deste Deus tão humano, que na fraca concepção teológica distorcida é alguém que deve ser temido, o Deus que castiga. Este é o mundo do medo, o mundo dos valores invertidos.
O fraco é considerado forte, o simples é considerado bárbaro e o poder material continua nas mãos dos corrompidos.
Por isso, este é o mundo da ilusão, o mundo onde todos vivem como autômatos; um mundo onde todos estão mortos, robotizados, dormindo na leseira de seus egos.
EU SOU ORIXÁ EXU e tudo isso eu tenho visto.