Lilith Lua Negra escreveu:Há alguns anos deixei de ler acerca de mistérios, civilizações antigas e extraterrestres, porque comecei a não ter respostas para as dúvidas que me surgiam, hoje há mais informação, mas continuo a aprender para conseguir chegar lá: Os extraterrestres são como nós, o nosso Deus, ou destino, é o mesmo, quando eles morrem, são espíritos mais avançados, porque andam a evoluir à mais tempo.
Isso faz deles grandiosos espíritos evoluídos?
Uma entidade espírita aceita esse tipo de designações, vê-se assim superior?
Os outros espíritos que se lhes referem tratam-nos assim, com reverência, pompa e circunstância?
Eu acho que alguma coisa não está bem, então os humanos muito menos evoluídos conseguem ser mais humildes?
Será humildade louvar a Deus ou a quem quer que seja?
Eu respeito tudo e todos da mesma forma na terra, para mim, evoluídos ou não, valemos todos por igual. Somos todos filhos do mesmo, vamos todos para o mesmo.
Se essas hierarquias servem apenas na cabeça dos que pensam que são superiores aos outros.
Se quanto mais evoluídos somos na terra, mais humilde nos sentimos...
Então depois de evoluir regredimos?
Ou estou eu a baralhar tudo?
Alguma coisa me escapa!
A verdadeira humildade não é rebaixamento. Como a verdadeira evolução não é orgulho e ostentação. Aumentar a humildade não será nunca regredir. Como evoluir nunca será superiorizar-se a outros.
De facto houve e haverá sempre seres com a ilusão de que são superiores a tudo o resto. Um deles é o ser humano...
Viemos todos do mesmo, e caminhamos na mesma direcção, mas nem todos somos iguais. As nossas evoluções não são iguais porque nem têm como ser. Seres diferentes tendem a evoluir de modo diferente. Nem melhor nem pior. Diferente.
No entanto, há graus evolutivos dentro das várias classes de seres e transformações possíveis entre alguns seres - do mesmo modo que uma lagarta se torna em crisálida e depois em borboleta.
Lembrando que classe não é sinónimo de hierarquia, do mesmo modo que classificar uma barata como um insecto e um humano como um mamífero não implica hierarquização.
No entanto, hierarquia existe e sempre existiu no cosmos - mesmo entre seres diferenciados, porque Ordem existe e sempre existiu também. E a hierarquia natural é sempre vinda (ao contrário do que vemos na Terra) do mais apto, preparado para assumir o posto ou grau evolutivo. Não faz desses seres ou entidades "melhores", mas faz deles mais sábios, preparados e de um modo geral elevados na sua vibração.
E lembrando também que existe tal coisa como mentais divinos que são extensões de Deus nas suas várias qualidades. Podemos vê-los como seres, pois é difícil compará-los com seja o que for tendo em conta o nosso limitado entendimento. No entanto, a verdade é que são bastante mais do que isso... São Deus percorrendo a própria Criação de uma forma diferenciada nas suas mais elevadas qualidades. (é a melhor explicação que consigo...)
Nem todos os seres procuram a bajulação dos outros, no entanto, do mesmo modo que a forma de lidar com o nosso avô é diferente da de lidar com o nosso primo, há "reverências" que se prestam por uma questão de respeito. O que não implica que respeitemos menos o nosso primo que o nosso avô.
Muitas divindades (mentais divinos) cultuadas no passado e ainda hoje em dia não recebem oferendas porque precisam. Recebem-nas porque NÓS precisamos e essa é uma energia que acaba sendo direcionada a nós de modo curativo. Quando lhes rezamos ficamos em conformidade com os seus padrões energéticos beneficiando-nos com os seus influxos. Basicamente, eles não precisam de nós para nada, nós é que precisamos deles... Ainda assim, eles de algum modo "nutrem" toda a Criação com os seus influxos, pois essa é a sua natureza.
No entanto estamos a falar de mentais elevadíssimos, aos quais muitas vezes só nos ligamos a partir de concepções parciais que temos deles ou através de algo ou alguém que é representativo dessa energia específica. Um exemplo seria ligarmo-nos a um desses mentais divinos através da imagem mental que temos de um "santo", que representou em vida muita das qualidades desse mental divino. São exemplos os santos católicos, as várias representações de Buda, e as divindades de vários panteões religiosos - se formos ver como entendimentos parciais (humanizados segundo a nossa compreensão) de um Poder Divino Maior, um mental divino elevado.
Estou a tentar dar exemplos de hierarquização que nada têm a ver com ostentação de poder de seres sobre os outros, mas que existem de forma natural e dentro da Ordem de toda a Criação. E dando exemplo de como louvar, cultuar, rezar a um ser ou Poder Divino não são exactamente aquilo que à primeira vista pode parecer...
O ser humano tende a endeusar (ou endemoniar) outros seres, dependendo primariamente da sua conveniência. No entanto, isso não significa que todo o ser endeusado tenha pedido esse endeusamento... o que também é algo a considerar. Creio que muitas pessoas hoje em dia reverenciadas como "santas" não pediram nunca esse tipo de louvor a si próprias. Outras nem tiveram nada de santo, mas por conveniência de grupos essa pessoa recebeu esse título... Isso é um exemplo básico de que o endeusamento nem sempre é escolhido.
Além disso, o ser humano deve ser dos seres menos humildes no cosmos...
Primeiro, porque acredita que não se tem de curvar perante nada nem ninguém, quando é dos seres que mais auxílio necessita na sua jornada, precisamente pelas características de "esquecimento" da reencarnação, achando-se tão ou mais superior do que os outros. Muitas vezes só vendo a divindade em si. Gratidão é um elemento que falta (e muito) à nossa espécie.
Segundo, porque a evolução vem acompanhada por sabedoria e a sabedoria por humildade e gratidão. A maior verdade acerca do conhecimento e da sabedoria é que eles são infinitos e quanto mais se sabe, mais há para aprender - isso traz humildade ao ser, saber que será um eterno aprendiz. Aquele que acha que tudo sabe, é um idiota... E idiotas é o que não falta neste planeta... Posso falar de conhecimento: afinal muitas vezes a idiota sou eu...! rsrsrsrsrs (triste mas verdade... e acho que todos nós já passámos e passaremos por isso na vida)
Numa nota final:
Louvar a Deus - ao verdadeiro Deus, o Incriado que anima tudo e todos e está presente em toda a Criação - é um acto de humildade, sabedoria, amor e elevação. Estamos a louvar o que de mais puro existe dentro de cada ser, incluindo a nós. Estamos a exaltar o êxtase divino e a alegria divina. Nada de mal há nisso, antes pelo contrário. Esse é um local que parte da percepção da nossa divindade interior, da divindade interior de cada um, da sacralidade da Vida, mas também da percepção de quão pequeninos somos em relação ao Todo e ao Criador, e no entanto sendo absolutamente preciosos, cada um de nós sem excepção.
Ficam aqui uns raciocínios...
Lamento mas não tinha visto a postagem antes. A minha net tem-me pregado partidas e ando a responder "às pinguinhas"... rsrsrsrsrs
(tenho que parar de escrever tanto... acho que está na altura de voltar ao bar...)