Normalmente os textos que escrevo ou são por inspiração, ou visam atenderem as dúvidas dos médiuns e assistentes de nossa casa. Claro que muitas dessas duvidas são comuns a quase todos os iniciantes na Umbanda, por isso faço-os de forma mais explicativa possível.
Já há algum tempo, tenho respondido questões do tipo: Porque um Guia é mais forte, ou mais poderoso do que o outro?
Porque sinto uma força grande num Guia e em outro não?
Muitas vezes essa confusão se faz até porque na Umbanda se actua com varias linhas de trabalho, e isso por si só faz com que sejam diferentes as vibrações dos Guias. Pois uma linha de trabalho difere da outra em “funções”, magnetismos e vibrações, visto que cada linha de trabalho é regida por um mistério diferente.
A falta desse conhecimento leva muitas vezes ao principiante e não só, achar que um caboclo é mais forte que um boiadeiro, que este é mais forte que um baiano, ou um baiano é mais forte que um preto velho, e por aí vai.
Essa situação agrava-se quando falamos de Guias dentro da mesma linha de trabalho, pois para o leigo um caboclo é igual a outro, e não é bem assim.
Dentro das linhas de trabalho cada Guia “carrega” uma força única (grau) e diferente ao mesmo tempo.
Exemplo: Um caboclo de Xangô ira manifestar-se de uma forma diferente da de um Caboclo de Oxóssi, ou do de Ogum, ou do de Oxalá, etc. O que quer dizer que seu magnetismo ou “força” terá uma característica diferente. O que não quer dizer de forma alguma que ele seja mais fraco ou mais forte que qualquer outro, apenas diferentes.
Não existe Guia mais forte ou poderoso do que o outro. Existe sim; Guias que actuam, ou trabalham em linhas de acção diferentes, e que dentro dessas linhas possuem qualidades, forças ou melhor, vamos assim dizer: funções diferentes, cada um com sua especialidade.
Por exemplo um Preto velho na Umbanda é um espírito que evoluiu e atingiu um certo patamar ou grau, o de Preto velho. Ou seja, ele possui o mesmo grau que todos os Pretos Velhos na Umbanda, que é um mistério, ou uma linha de trabalho regida por Pai Obaluaiê. Porém se todos os pretos velhos são regidos por esse amado Pai, a outros Pais e Mães que os regem de forma particular, ou de forma individualizada.
Assim podemos encontrar Preto(a) velho(a) de Ogum, Oxóssi, Oxalá, Obaluaiê, Xangô, Nanã, Oxum, etc. Cada Orixá conferirá um magnetismo e um campo de acção diferente, o que não o tornará melhor, ou mais forte do que os outros. São individualidades diferentes actuando dentro de uma uniformidade: Preto velho.
Claro que na nossa compreensão, ou entendimento humano acabamos por atribuir a alguns factores como fortes, ou mais poderosos, pois nossa compreensão de força, mistérios e poderes ainda é muito pequena.
Assim quando vemos uma irradiação, ou manifestação de Pai Ogum, Orixá da milícia celeste, dos campos de batalha, etc. Ele nos passa uma vibração de um destemido guerreiro, pronto para enfrentar qualquer batalha. Diferente de quando vemos uma irradiação ou manifestação de Pai Oxalá, Orixá da paz, da fé, da serenidade, do perdão. Sua energia é sentida por nós de maneira diferente, e quando não temos essa compreensão, é bem provável que sejamos capazes de “confundir as coisas” e achar que a energia de Pai Ogum é mais “forte”.
Ela não é mais forte, ela possui características diferentes da de Pai Oxalá, apenas nossa questão de julgamento ou percepção credita ter mais força a vibração ordenadora de Pai Ogum que a congregadora de Pai Oxalá.
E o mesmo acontece com todas as linhas de trabalho e magnetismo dos Orixás.
Esse problema complica, quando um assistente acostumado a passar por uma entidade, ou por um mesmo médium, sempre tentando resolver algum tipo de problema, e que por algum motivo, ele passa por um outro Guia, ou outro médium que o ajuda da mesma forma que o outro, só que desta vez o problema se resolve.
- “Olha, passa por este Guia que ele é mais forte que o outro!” afirmam.
- Como assim?!
O outro Guia veio trabalhando, auxiliando, ajudando na questão já algum tempo, será que se esqueceu disso?
É mesma coisa de eu pedir para um amigo preparar para mim a massa de um bolo, e depois eu só a coloco no forno e dizer que meu bolo é melhor que o dele. Claro que eu tive meu mérito, afinal fui eu que untei a forma, coloquei no forno, e esperei o momento certo para tirar, mas e ele? Será que não teve mérito nenhum?
Não é assim, ele preparou quase tudo, eu apenas terminei, foi um trabalho de equipa. Como é, aliás sempre feito na Umbanda. Nenhum Guia trabalha sozinho, os próprios Guias ensinam que ninguém é auto-suficiente e que todos necessitam de todos, pois só assim compreenderemos melhor o processo de inter-ajuda, de irmandade, tão fortemente pregada pela Umbanda e que nos ajudará acrescer, evoluir, melhorar e nos fortificar.
Espero que com essa explicação eu tenha sanado algumas dúvidas.
(www.lendasdearuanda.com)
Já há algum tempo, tenho respondido questões do tipo: Porque um Guia é mais forte, ou mais poderoso do que o outro?
Porque sinto uma força grande num Guia e em outro não?
Muitas vezes essa confusão se faz até porque na Umbanda se actua com varias linhas de trabalho, e isso por si só faz com que sejam diferentes as vibrações dos Guias. Pois uma linha de trabalho difere da outra em “funções”, magnetismos e vibrações, visto que cada linha de trabalho é regida por um mistério diferente.
A falta desse conhecimento leva muitas vezes ao principiante e não só, achar que um caboclo é mais forte que um boiadeiro, que este é mais forte que um baiano, ou um baiano é mais forte que um preto velho, e por aí vai.
Essa situação agrava-se quando falamos de Guias dentro da mesma linha de trabalho, pois para o leigo um caboclo é igual a outro, e não é bem assim.
Dentro das linhas de trabalho cada Guia “carrega” uma força única (grau) e diferente ao mesmo tempo.
Exemplo: Um caboclo de Xangô ira manifestar-se de uma forma diferente da de um Caboclo de Oxóssi, ou do de Ogum, ou do de Oxalá, etc. O que quer dizer que seu magnetismo ou “força” terá uma característica diferente. O que não quer dizer de forma alguma que ele seja mais fraco ou mais forte que qualquer outro, apenas diferentes.
Não existe Guia mais forte ou poderoso do que o outro. Existe sim; Guias que actuam, ou trabalham em linhas de acção diferentes, e que dentro dessas linhas possuem qualidades, forças ou melhor, vamos assim dizer: funções diferentes, cada um com sua especialidade.
Por exemplo um Preto velho na Umbanda é um espírito que evoluiu e atingiu um certo patamar ou grau, o de Preto velho. Ou seja, ele possui o mesmo grau que todos os Pretos Velhos na Umbanda, que é um mistério, ou uma linha de trabalho regida por Pai Obaluaiê. Porém se todos os pretos velhos são regidos por esse amado Pai, a outros Pais e Mães que os regem de forma particular, ou de forma individualizada.
Assim podemos encontrar Preto(a) velho(a) de Ogum, Oxóssi, Oxalá, Obaluaiê, Xangô, Nanã, Oxum, etc. Cada Orixá conferirá um magnetismo e um campo de acção diferente, o que não o tornará melhor, ou mais forte do que os outros. São individualidades diferentes actuando dentro de uma uniformidade: Preto velho.
Claro que na nossa compreensão, ou entendimento humano acabamos por atribuir a alguns factores como fortes, ou mais poderosos, pois nossa compreensão de força, mistérios e poderes ainda é muito pequena.
Assim quando vemos uma irradiação, ou manifestação de Pai Ogum, Orixá da milícia celeste, dos campos de batalha, etc. Ele nos passa uma vibração de um destemido guerreiro, pronto para enfrentar qualquer batalha. Diferente de quando vemos uma irradiação ou manifestação de Pai Oxalá, Orixá da paz, da fé, da serenidade, do perdão. Sua energia é sentida por nós de maneira diferente, e quando não temos essa compreensão, é bem provável que sejamos capazes de “confundir as coisas” e achar que a energia de Pai Ogum é mais “forte”.
Ela não é mais forte, ela possui características diferentes da de Pai Oxalá, apenas nossa questão de julgamento ou percepção credita ter mais força a vibração ordenadora de Pai Ogum que a congregadora de Pai Oxalá.
E o mesmo acontece com todas as linhas de trabalho e magnetismo dos Orixás.
Esse problema complica, quando um assistente acostumado a passar por uma entidade, ou por um mesmo médium, sempre tentando resolver algum tipo de problema, e que por algum motivo, ele passa por um outro Guia, ou outro médium que o ajuda da mesma forma que o outro, só que desta vez o problema se resolve.
- “Olha, passa por este Guia que ele é mais forte que o outro!” afirmam.
- Como assim?!
O outro Guia veio trabalhando, auxiliando, ajudando na questão já algum tempo, será que se esqueceu disso?
É mesma coisa de eu pedir para um amigo preparar para mim a massa de um bolo, e depois eu só a coloco no forno e dizer que meu bolo é melhor que o dele. Claro que eu tive meu mérito, afinal fui eu que untei a forma, coloquei no forno, e esperei o momento certo para tirar, mas e ele? Será que não teve mérito nenhum?
Não é assim, ele preparou quase tudo, eu apenas terminei, foi um trabalho de equipa. Como é, aliás sempre feito na Umbanda. Nenhum Guia trabalha sozinho, os próprios Guias ensinam que ninguém é auto-suficiente e que todos necessitam de todos, pois só assim compreenderemos melhor o processo de inter-ajuda, de irmandade, tão fortemente pregada pela Umbanda e que nos ajudará acrescer, evoluir, melhorar e nos fortificar.
Espero que com essa explicação eu tenha sanado algumas dúvidas.
(www.lendasdearuanda.com)