Saqqara, Sakara ou Sacara (em árabe: سقارة) é o nome de um sítio arqueológico do Egito, que funcionou como necrópole da antiga cidade de Mênfis, uma das várias capitais que o Antigo Egipto conheceu ao longo da sua história. Situa-se a cerca de trinta quilómetros a sul da moderna cidade do Cairo, apresentando uma área com mais de seis quilómetros de comprimento e um quilómetro e meio de largura. No local encontram-se estruturas funerárias de um período que se estende desde 3000 a.C. até 950 d.C.
O nome "Sacara" deriva de Sokar, nome de um deus da mitologia egípcia considerado como protector da necrópole e que junto com o deus Ptah e o deus Nefertum formava a tríade (agrupamento de três divindades) de Mênfis. Alternativamente, há também quem procure relacionar este nome com o de uma tribo que ali viveu no passado, os Beni Sokar.
Atualmente foi descoberto um túmulo,ao qual se encontravam os restos mortais da rainha Shesheti (2323-2291 a.C.).Foi afirmado que a tumba que continha os restos mortais dentro de um sarcófago de granito,foi muito saqueada ao longo dos séculos.O túmulo foi encontrado perto de uma pirâmide descoberta a pouco tempo.A rainha Shesheti, mãe do rei Teti do egito, foi a primeira faraó da 6ª dinastia a governar o Egito.
Saqqara é conhecida por nela se encontrar o complexo funerário de Djoser, rei da III dinastia egípcia, com a sua conhecida pirâmide em degraus (ou escalonada), embora esta estrutura, data de cerca de 2630 a.C., não seja verdadeiramente uma pirâmide. O arquitecto do rei, Imhotep, levantou no local uma mastaba quadrangular, sobre a qual se ergueram, numa primeira fase, três andares e depois, mais dois. A estrutura acabou assim por apresentar seis "degraus", atingindo cerca de sessenta metros de altura.
A mastaba apresentava o poço funerário habitual cavado no centro. Ao lado deste jazigo encontram-se outros aposentos funerários destinados a familiares do rei, cujas paredes estão cobertas por placas azuis.
O complexo inclui também um pátio ao ar livre, onde se celebrava a festa Sed, através da qual se pretendia renovar a força vital do soberano graças à realização de uma série de rituais. A norte do pátio estão dois edíficios que representam o Alto Egipto e o Baixo Egipto. Também na zona norte se encontra o serdab, nome árabe que designa uma pequena capela funerária onde se colocava uma estátua do defunto. Ali foi encontrada uma estátua do rei que se encontra hoje no Museu Egípcio do Cairo.
O complexo encontra-se rodeado por uma muralha com dez metros de altura, que apresenta catorze portas falsas e uma verdadeira.