Não encontrei uma seção melhor para esse post, caso desejem, podem alterar, mas acredito que cada sonho é também um testemunho.
Tive um sonho ontem bizarríssimo...
Tive um sonho ontem bizarríssimo...
Mas a sensação toda serviu pra incutir prudência, em fatos que vivo atualmente, foi como se fosse uma revelação.Após um carnaval repleto de doideras e loucuras numa pequena cidade do sul de MG, voltei pra SP.
Confesso, um tanto atordoado, a quantidade de substâncias que alteram a percepção e órgãos sensoriais absorvida por mim foi quase um recorde pra mim nesse carnaval. Voltar de MG acaba sempre me gerando uma certa depressão, em baixa escala, pois aquilo é realmente um verdadeiro paraíso.
Já nem lembro direito do sonho, é verdade, mas a sensação que ele me deixou me faz vir aqui e partilhar.
Não me lembro como começou, mas eu estava entre parentes (cuja fisionomia não parece a dos meus atuais, mas sei que eram parentes), algum tipo de festa, de repente começa uma briga, a briga se arrasta pra rua, pro bairro, pro mundo inteiro. Um caos generalizado. Eu até então sem saber como agir, me surgem duas opções, a inércia e observação dos fatos, ou uma ação fulminante. Nem titubei, ou melhor, nem refleti: ação fulminante!
Nesse momento senti um aperto no peito. A resolução de uma situação momentânea, de forma impensada me fez perceber que disparei um gatilho de algo assombroso que começava a correr em minha direção: a dor!
E na sucessão dos fatos tudo o que ia acontecendo, fato a fato, situação a situação, por mais que em algumas eu conseguisse me utilizar da diplomacia, em algumas delas me sobrava apenas a força, certas situações só podiam ser resolvidas com sentimentos de ira, raiva, ódio, e demais afiliados.
Eu sentia os golpes a cada cena, sentia lâminas me transpassando, continuava cambaleante, sentia tiros me furando, adrenalina ia subindo, o poder de raciocínio se esvaindo. Quando chegou a hora da batalha final, a derradeira, acordei de sobressalto, 4h da manhã, ouvindo barulhos do lado de fora.
A adrenalina ainda a mil, ainda sem raciocinar, suando frio, era como se o pesadelo tivesse se transferido para o mundo material. Passei a mão na quadrada e fiquei numa espreita medonha, ouvindo barulhos estranhíssimos, dei um pulo pra fora de casa esperando o pior. Foi quando o vento e a chuva passaram pelo meu corpo, fui vendo tudo ao redor, os barulhos cessaram, o batimento foi acalmando, senti como se a Sagrada Iansã Guardiã do Ar tentasse drenar o negativismo em que me envolvi, fiquei alguns minutos na chuva em oração a ela, entrei e dormi até a hora de acordar para o serviço.