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CATARISMO -catolicismo alternativo

2 participantes

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1CATARISMO -catolicismo alternativo Empty CATARISMO -catolicismo alternativo Sex Set 28, 2012 11:54 am

Monge Copista

Monge Copista
Admin

Seu ápice ocorreu no século 11, quando cidadãos de Languedoc, no sul da França, repudiaram a Igreja Católica – por eles chamada de Igreja dos Lobos – e fundaram um cristianismo alternativo: o catarismo........ Os cátaros formaram a sociedade secreta mais “popular” da Idade Média...... Alguém falou em heresia?...... Para esses cristãos, herege era o papa. “Eles se julgavam herdeiros dos apóstolos e foram condenados por isso.......

A história dos cátaros teve um início obscuro. Em 1022, dois monges que nada tinham a ver com o movimento foram queimados vivos, acusados de adorar o Diabo. O bispo do condado de Toulouse, o maior da região de Languedoc, condenou a execução. Secretamente, ele e outros membros da Igreja já vinham discutindo idéias pouco ortodoxas aos olhos do catolicismo. Acreditavam num Deus que era puro espírito. E que a criação era obra maléfica, não divina.

No século 12, 4 paróquias de Languedoc abandonaram formalmente o credo católico, abraçando as novas idéias: Toulouse, Carcassone, Albi e Agen. Por causa das duas últimas, o movimento acabou sendo chamado também de albigense. A palavra “cátaro”, porém, só entrou para o vocabulário medieval por volta de 1160, graças a um pregador católico da Renânia chamado Eckbert de Schönau – emérito detrator da seita. Segundo uma de várias versões, o termo viria do grego katharoi, que significaria “os puros”. A história mais aceita, contudo, é bem menos lisonjeira. Segundo Alain de Lille, um teólogo francês do século 13, sua origem estaria na palavra catus (“gato” em latim), pois os seguidores da seita “faziam coisas ignóbeis em seus conciliábulos, como beijar o traseiro de gatos”.

Os novos fiéis estavam se lixando. Eles se autodenominavam bons hommes e bonnes femmes (“bons homens” e “boas mulheres”). E repudiavam o termo “cátaro”. Os padres se vestiam com hábitos negros. Rejeitavam o dogma da Santíssima Trindade e também os sacramentos, como o batismo, a eucaristia e o matrimônio. E viam com naturalidade o sexo fora do casamento...... “Se a castidade não pudesse ser priorizada, era melhor manter encontros casuais do que regularizar oficialmente o mal”.

Roma tentou conter o catarismo na base da conversa até meados do século 12. Quando o papa Inocêncio 3º assumiu, em 1198, a atitude da Igreja endureceu. Inocêncio suspendeu diversos bispos do sul da França. Em 1208, o representante eclesiástico Pierre de Castelnau excomungou um nobre de Toulouse. Em represália, foi assassinado.

O incidente foi a gota d’água. No mesmo ano, o Vaticano autorizou uma guerra santa contra Languedoc – a primeira e última cruzada contra cristãos da história. No cerco a Béziers, em julho de 1209, 7 mil fiéis foram chacinados, entre eles mulheres e crianças. Em 1244, 200 cátaros foram queimados vivos numa grande fogueira nas redondezas da fortaleza de Montségur. A tortura era generalizada. O interrogador católico Guilhem Sais, certa vez, afogou uma mulher cátara num barril de vinho, pois ela não queria confessar seus supostos pecados.

A Igreja precisou de décadas, mas conseguiu varrer os cátaros da face da terra. No coração dos habitantes de Languedoc, porém, a seita sobreviveu. O povo daquela região é do contra, lembra?......... Até hoje, em cidades como Montpellier e Toulouse, os revoltosos viraram até nome de rua: des Heretiques (dos Heréticos) na primeira e des Cathares (dos Cátaros) na segunda.

Custou a vida de muitos, mas eles conseguiram sua revanche contra o papado...... Se existe uma coisa que os cátaros nos ensinaram é que as fronteiras da heresia são móveis, e que devemos ousar alargá-las..........

Sds

Sandoval

2CATARISMO -catolicismo alternativo Empty Re: CATARISMO -catolicismo alternativo Sex Set 28, 2012 12:04 pm

Lancelot

Lancelot
Admin

Na verdade essa é uma história bem triste.

Podem ter sido varridos do mapa, mas seus ensinamentos de fé e coragem permanece.

Tenho algum material sobre os cátaros ou albigenses, posto mais tarde.

https://portaisdeluz.forumeiros.com

3CATARISMO -catolicismo alternativo Empty Re: CATARISMO -catolicismo alternativo Sex Set 28, 2012 12:48 pm

Monge Copista

Monge Copista
Admin

Voce me deixou curioso....
Fico no aguardo...

sds

Sandoval

4CATARISMO -catolicismo alternativo Empty Re: CATARISMO -catolicismo alternativo Seg Out 01, 2012 10:18 am

Lancelot

Lancelot
Admin

Meus caros, sejamos rápidos e diretos.

Qual o problema que a Sagrada Igreja Catolica tinha para com os Cátaros? Templários?

Na parte da frente do rotulo, podemos dizer que, tinha a ver com a forma como cultuavam.

Mas na parte de trás do rotulo, tem o que já se espera, ....... Dinheiro, poderio economico, etc.

No fundo o que acontece hoje em dia, já acontecia no passado.

Exemplo: As cruzadas. Vejam os dois rotulos, o da frente e o de tráz.

No fundo tudo não passa de um jogo de poderes. Onde existem muitas marionetes.

Lancelot

Sandoval, foi só um desabafo, em breve desenvolverei o tema.

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5CATARISMO -catolicismo alternativo Empty Re: CATARISMO -catolicismo alternativo Seg Out 01, 2012 12:47 pm

Convidad


Convidado

CATARISMO -catolicismo alternativo 137580-erro20de20processamento201



Última edição por Maurício Jägermeister em Qua Jan 16, 2013 5:52 pm, editado 1 vez(es)

6CATARISMO -catolicismo alternativo Empty Re: CATARISMO -catolicismo alternativo Seg Out 01, 2012 3:52 pm

Convidado


Convidado

Maurício Jägermeister escreveu:as cruzadas doi suicídio! e tudo por interesse msm!

mandaram os monges lah mais pra morre do q pra protege peregrino......

e qndo os cruzados deixaram de serem uteis, a igreja quiz acaba co meles..... mais eles qriam continua!

Ewerson, sai deste corpo!!!!

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

7CATARISMO -catolicismo alternativo Empty Re: CATARISMO -catolicismo alternativo Seg Out 01, 2012 4:24 pm

Convidad


Convidado

CATARISMO -catolicismo alternativo 137580-erro20de20processamento201



Última edição por Maurício Jägermeister em Qua Jan 16, 2013 5:53 pm, editado 1 vez(es)

8CATARISMO -catolicismo alternativo Empty Re: CATARISMO -catolicismo alternativo Seg Out 01, 2012 4:43 pm

Convidado


Convidado

Maurício Jägermeister escreveu:
Gwenhwyfar escreveu:
Maurício Jägermeister escreveu:as cruzadas doi suicídio! e tudo por interesse msm!

mandaram os monges lah mais pra morre do q pra protege peregrino......

e qndo os cruzados deixaram de serem uteis, a igreja quiz acaba co meles..... mais eles qriam continua!

Ewerson, sai deste corpo!!!!

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

scratch

Cool

no bar conversamos...

9CATARISMO -catolicismo alternativo Empty Re: CATARISMO -catolicismo alternativo Seg Out 01, 2012 4:46 pm

Convidad


Convidado

CATARISMO -catolicismo alternativo 137580-erro20de20processamento201



Última edição por Maurício Jägermeister em Qua Jan 16, 2013 5:53 pm, editado 1 vez(es)

10CATARISMO -catolicismo alternativo Empty Cataros Sex Nov 02, 2012 7:12 pm

Lancelot

Lancelot
Admin

No início do século XIII, a área hoje conhecida como Languedoc não fazia oficialmente parte de França. Era um principado independente, cuja língua, cultura e instituições políticas tinham menos em comum com o Norte do que tinham com Espanha - com os reinos de Leão, Aragão e Castela. O principado era governado por uma mão-cheia de famílias nobres, sendo as mais importantes entre elas a dos condes de Toulouse e a poderosa casa de Trencavel. E, dentro dos limites deste principado, florescia uma cultura que, na época, era a mais avançada e sofisticada da Cristandade, com a possível excepção de Bizâncio.
O Languedoc tinha muito em comum com Bizâncio. A instrução, por exemplo, era tida em elevada consideração, como não acontecia na Europa do Norte. Floresciam a filosofia e outras actividades intelectuais; exaltava-se a poesia e o amor palaciano; estudava-se entusiasticamente o grego, o árabe e o hebreu; e, em Lunel e Narbonne, prosperavam escolas devotadas à cabala - a antiga tradição esotérica do judaísmo. Até a nobreza era letrada e literária, numa época em que a maioria dos nobres do Norte nem sabiam assinar o próprio nome.
Também como Bizâncio, o Languedoc praticava uma tolerância religiosa civilizada e indolente - em contraste com o zelo fanático que caracterizava outras partes da Europa.
O pensamento islâmico ou judaico, por exemplo, era importado através dos centros comerciais marítimos como Marselha, ou atravessava os Pirenéus, vindo de França. Ao mesmo tempo, a Igreja Romana não gozava de grande estima; os clérigos romanos no Languedoc, em virtude da sua corrupção notória, conseguiam acima de tudo alienar a população. Havia igrejas, por exemplo, onde não se diziam missas há mais de trinta anos. Muitos padres ignoravam os seus paroquianos e dedicavam-se aos negócios ou a gerir grandes propriedades. Um arcebispo de Narbonne nunca visitou sequer a sua diocese. Independentemente da corrupção da igreja, o Languedoc tinha atingido um pico de cultura que não voltaria a ser visto na Europa até à Renascença. Mas, tal como em Bizâncio, havia elementos de complacência, decadência e uma fraqueza trágica, que deixavam a região desprevenida para a investida posteriormente lançada sobre ela.


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11CATARISMO -catolicismo alternativo Empty Re: CATARISMO -catolicismo alternativo Sex Nov 02, 2012 7:53 pm

Lancelot

Lancelot
Admin

CATARISMO -catolicismo alternativo Languedoc%25282%2529

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12CATARISMO -catolicismo alternativo Empty Re: CATARISMO -catolicismo alternativo Sex Nov 02, 2012 8:13 pm

Lancelot

Lancelot
Admin

. Há já algum tempo que, tanto a nobreza do Norte da Europa como a Igreja Romana estavam conscientes da sua vulnerabilidade, e ansiosos por a explorar. A nobreza do Norte há muitos anos que cobiçava a riqueza e luxos do Languedoc. E a Igreja estava interessada por razões próprias. Em primeiro lugar, a sua autoridade na região era frouxa. E, enquanto a cultura florescia no Languedoc, outra coisa florescia também - a maior heresia da Cristandade medieval.
Nas palavras das autoridades da Igreja, o Languedoc estava "infectado" pela heresia albigense, "a lepra imunda do Sul". E, embora os aderentes a esta heresia fossem essencialmente não-violentos, constituíam uma severa ameaça à autoridade de Roma, a mais severa ameaça, na verdade, que Roma sentiria até os ensinamentos de Martinho Lutero darem início à Reforma, três séculos mais tarde. Em 1200 havia uma possibilidade muito real de esta heresia vir a substituir o Catolicismo Romano como forma dominante da Cristandade no Languedoc. E, o que era ainda mais ameaçador aos olhos da Igreja, isto já estava a estender-se a outras partes da Europa, especialmente a centros urbanos na Alemanha, Flandres e Champagne.
Os hereges eram conhecidos por uma grande variedade de nomes. Em 1165 tinham sido condenados por um conselho eclesiástico na cidade de Albi, no Languedoc. Por esta razão, ou talvez porque Albi continuava a ser um dos seus centros, eram muitas vezes chamados albigenses. Noutras ocasiões eram chamados Cátaros, Cathars, Cathares ou Cathari. Em Itália eram conhecidos por Patarines. Com alguma frequência eram também rotulados ou estigmatizados com os nomes de heresias muito anteriores - arianos, marcionitas e maniqueístas.
"Albigenses" e "cátaros" eram nomes essencialmente genéricos. Por outras palavras, não se referiam a uma única igreja coerente, como a de Roma, com um corpo de doutrina e teologia fixo, codificado e definitivo. Os hereges em questão compreendiam uma grande quantidade de seitas diferentes - muitas sob a direção de um líder independente, cujos seguidores assumiam o seu nome.

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13CATARISMO -catolicismo alternativo Empty Re: CATARISMO -catolicismo alternativo Sex Nov 02, 2012 8:19 pm

Lancelot

Lancelot
Admin

Em geral, os cátaros subscreviam uma doutrina de reincarnação e um reconhecimento do princípio feminino na religião. Na verdade, os pregadores e professores das congregações cátaras, conhecidos como parfaits ("perfeitos"), eram de ambos os sexos. Ao mesmo tempo, os cátaros rejeitavam a Igreja Católica ortodoxa e negavam a validade de todas as hierarquias eclesiásticas, ou a existência de oficiais e intercessores ordenados entre o homem e Deus. No centro desta posição estava um importante princípio cátaro - o repúdio da "fé", pelo menos da forma como a Igreja insistia nela. Em lugar de uma "fé" aceite em segunda mão, os cátaros insistiam no conhecimento directo e pessoal, numa experiência religiosa ou mística apreendida em primeira mão. Esta experiência chamava-se "gnosis", a partir da palavra grega para "conhecimento" e, para os cátaros, tinha precedência sobre todos os credos e dogmas. Uma vez que era colocada uma ênfase tão grande no contacto directo e pessoal com Deus, os padres, bispos e outras autoridades eclesiásticas tornavam-se supérfluas. Os cátaros eram também dualistas. Todo o pensamento cristão, claro, pode ser visto em última análise como dualista, insistindo num conflito entre dois princípios opostos - bem e mal, espírito e corpo, alto e baixo. Mas os cátaros levavam esta dicotomia muito mais além do que o catolicismo ortodoxo estava preparado para fazer. Para os cátaros, os homens eram as espadas com as quais os espíritos combatiam, e ninguém via as mãos. Para eles, estava a ser travada uma guerra perpétua, ao longo de toda a criação, entre dois princípios irreconciliáveis - luz e escuridão, espírito e matéria, bem e mal. O catolicismo postula um Deus supremo, cujo adversário, o Diabo, é em última análise inferior a Ele. Os cátaros, contudo, proclamavam a existência, não de um deus, mas de dois, com um estatuto mais ou menos comparável. Um destes deuses - o "bom" - era inteiramente desencarnado, um ser ou princípio de puro espírito, não maculado pela matéria. Era o deus do amor. Mas o amor era considerado completamente incompatível com o poder; e a criação material era uma manifestação de poder. Portanto, para os cátaros, a criação material - o mundo em si próprio - era intrinsecamente perversa. Toda a matéria era intrinsecamente perversa. O universo, em suma, era obra de um "deus usurpador", o deus do mal - ou, como os cátaros lhe chamavam, "Rex Mundi", "Rei do Mundo".
O catolicismo assenta naquilo a que podemos chamar um "dualismo ético". O mal, embora talvez proveniente em última análise do Diabo, manifesta-se primariamente através do homem e das suas acções. Em contraste, os cátaros mantinham uma forma de "dualismo cosmológico", um dualismo que impregnava toda a realidade. Para os cátaros, esta era uma premissa básica, mas a sua resposta a ela variava de seita para seita. Segundo alguns cátaros, a finalidade da vida do homem na Terra era transcender a matéria, renunciar perpetuamente a tudo o que estivesse relacionado com o princípio do poder, conseguindo assim uma união com o princípio do amor. Segundo outros, a finalidade do homem era reclamar e redimir a matéria, espiritualizá-la e transformá-la. É importante notar a ausência de qualquer dogma, doutrina ou teologia fixas. Tal como na maioria dos desvios à ortodoxia estabelecida, há apenas certas atitudes definidas de maneira vaga, e as obrigações morais subordinadas a estas atitudes estavam sujeitas a uma interpretação individual.
Aos olhos da Igreja Romana, os cátaros estavam a cometer heresias sérias ao encararem a criação material, pela qual Jesus tinha supostamente morrido, como intrinsecamente perversa, e ao implicarem que Deus, cuja "palavra" criara o mundo "no princípio", era um usurpador. No entanto, a heresia mais grave era a sua atitude relativamente ao próprio Jesus. Uma vez que a matéria era intrinsecamente perversa, os cátaros negavam que Jesus pudesse participar na matéria, encarnar num corpo, e ainda assim ser o Filho de Deus. Ele estava portanto condenado por alguns cátaros a ser totalmente incorpóreo, um "fantasma", uma entidade de puro espírito que, claro, nunca poderia ser crucificada. A maioria dos cátaros parecia encará-lo como um profeta não diferente de qualquer outro - um ser mortal que, em nome do princípio do amor, morrera na cruz. Em suma, não havia nada de místico, nada de sobrenatural, nada de divino na Crucificação - se, na verdade, ela tivesse alguma relevância, coisa de que aparentemente muitos cátaros duvidavam.
De qualquer forma, todos os cátaros repudiavam veementemente o significado tanto da Crucificação como da cruz - talvez por acharem que estas doutrinas eram irrelevantes, ou porque Roma as exaltava com tanto fervor, ou porque as circunstâncias brutais da morte de um profeta não pareciam merecedoras de veneração. E a cruz - pelo menos em associação com o Calvário e a Crucificação - era encarada como um emblema do Rex Mundi, senhor do mundo material, a própria antítese do verdadeiro princípio redentor. Jesus, se fora realmente mortal, fora um profeta do amor, do princípio do amor. E amor, quando invertido, ou pervertido, ou distorcido para se transformar em poder, tornava-se romã - Roma, cuja igreja opulenta e faustosa parecia aos cátaros uma encarnação e uma manifestação palpável da soberania do Rex Mundi na Terra. Em consequência, os cátaros não só se recusavam a adorar a cruz, como negavam também sacramentos como o baptismo e a comunhão.
Apesar destas posições teológicas subtis, complexas e, para uma mente moderna, talvez irrelevantes, a maioria dos cátaros não era demasiado fanática em relação ao seu credo. Actualmente é uma moda entre os meios intelectuais encarar os cátaros como uma congregação de sábios, místicos iluminados ou iniciados na sabedoria arcana, que possuíam o conhecimento de algum grande segredo cósmico. No entanto, na realidade, a maior parte dos cátaros era composta por homens e mulheres mais ou menos "vulgares", que encontravam no seu credo um refúgio para a severidade do catolicismo ortodoxo - uma trégua dos infindáveis dízimos, penitências, exéquias, censuras e outras imposições da Igreja Romana. Por mais obscura que fosse a sua teologia, os cátaros eram, na prática, pessoas eminentemente realistas. Condenavam a procriação, por exemplo, pois a propagação da carne era um serviço prestado, não ao princípio do amor, mas ao Rex Mundi; mas não eram tão ingénuos ao ponto de advogar a abolição da sexualidade. Existia realmente um "sacramento" cátaro específico, ou o seu equivalente, chamado o Consolamentum, que compelia as pessoas à castidade. No entanto, à excepção dos parfaits, que de qualquer modo eram geralmente ex-homens e mulheres de família, o Consolamentum não era administrado a menos que a pessoa estivesse já no seu leito de morte; e não é excessivamente difícil ser casto quando se está a morrer. No que dizia respeito à congregação em geral, a sexualidade era tolerada, embora não explicitamente sancionada. Como é possível condenar a procriação e ao mesmo tempo perdoar a sexualidade? Há evidências que sugerem que os cátaros praticavam tanto o planeamento familiar como o aborto. Quando Roma acusou posteriormente os hereges de "práticas sexuais anormais", presumiu-se que se referiam à sodomia. No entanto, os cátaros, pelo menos segundo os registos que sobreviveram, eram extremamente rígidos na sua proibição da homossexualidade. Esta menção a "práticas sexuais anormais" podia muito bem referir-se aos vários métodos de planeamento familiar e aborto. Conhecemos a posição de Roma sobre estas questões nos dias de hoje. Não é difícil imaginar a energia e zelo vingativo com que essa posição teria sido imposta na Idade Média.
De uma maneira geral, os cátaros parecem ter aderido a uma vida de extrema devoção e simplicidade. Uma vez que repudiavam as igrejas, conduziam geralmente os seus rituais e serviços ao ar livre, ou em qualquer edifício disponível - um celeiro, uma casa, um salão municipal. Também praticavam aquilo a que nós, hoje em dia, chamaríamos meditação. Eram vegetarianos rigorosos, embora fosse permitido comer peixe. E, quando viajavam pelo campo, os parfaits faziam-no sempre aos pares, conferindo assim credibilidade aos rumores de sodomia patrocinados pelos seus inimigos.

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14CATARISMO -catolicismo alternativo Empty Re: CATARISMO -catolicismo alternativo Dom Nov 18, 2012 6:26 pm

Lancelot

Lancelot
Admin

O Tesouro Cátaro.


Durante a Cruzada Albigense e posteriormente, cresceu uma mística em torno dos cátaros que persiste ainda hoje. Em parte isto pode ser atribuído ao elemento de romance que rodeia qualquer causa trágica e perdida - como a de Carlos Eduardo Stuart, por exemplo - com um brilho mágico, com uma nostalgia fixa, com a "matéria-prima das lendas". Mas, ao mesmo tempo, descobrimos que havia alguns mistérios muito reais associados com os cátaros. Embora as lendas possam ser exaltadas e romantizadas, permanecem vários enigmas.

Um deles diz respeito às origens dos cátaros; e, embora ao princípio isto nos parecesse uma questão meramente académica, provou posteriormente ser de considerável importância. Muitos historiadores recentes argumentaram que os cátaros derivavam dos bogomilos, uma seita activa na Bulgária durante os séculos X e XI, cujos missionários migraram em direcção a oeste.

Não há dúvida de que os hereges do Languedoc incluíam vários bogomilos. Na verdade, um conhecido pregador bogomilo foi proeminente nas questões políticas e religiosas da época. E contudo a nossa pesquisa revelou evidências substanciais de que os cátaros não derivaram dos bogomilos. Pelo contrário, pareciam representar o florescimento de algo já enraizado em solo francês há séculos. Pareciam ter derivado, quase directamente, de heresias estabelecidas e entrincheiradas em França desde o próprio advento da era cristã.

Há outros mistérios, consideravelmente mais intrigantes, associados com os cátaros. Jean de Joinville, por exemplo, um homem idoso escrevendo sobre o seu relacionamento com Luís IX durante o século XIII, diz: "O rei (Luís IX) contou-me uma vez como vários homens de entre os albigenses tinham ido ter com o conde de Montfort... e lhe tinham pedido para ir ver o corpo do Nosso Senhor, que se tinha tornado em carne e sangue às mãos do seu padre."13 Montfort, de acordo com a história, parece ter ficado algo desconcertado com o convite. Bastante irritado, declarou que a sua comitiva podia ir, se assim o desejasse, mas ele continuaria a governar-se pelos princípios da "Santa Igreja". Não há mais desenvolvimentos ou explicações sobre este incidente. O próprio Joinville limita-se a contá-lo de passagem. Mas o que podemos pensar deste enigmático convite? O que estariam os cátaros a fazer? Que tipo de ritual estaria envolvido? Deixando de lado a Missa, que de qualquer modo os cátaros repudiavam, o que poderia fazer "o corpo do Nosso Senhor... tornado em carne e sangue"? O que quer que fosse, existe sem dúvida algo de perturbadoramente literal na afirmação.

Outro mistério tem a ver com o lendário "tesouro" cátaro. Sabe-se que os cátaros eram extremamente abastados. Tecnicamente, o seu credo proibia-os de usar armas; e, embora muitos ignorassem esta proibição, a verdade é que os cátaros contratavam grandes números de mercenários a um custo considerável. Ao mesmo tempo, as fontes da riqueza catara - a fidelidade que lhes era prestada por proprietários de terras poderosos, por exemplo - eram óbvias e explicáveis. No entanto levantaram-se rumores, mesmo durante o curso da Cruzada Albigense, sobre um fantástico e mítico tesouro cátaro, algo muito para além da riqueza material. O que quer que fosse, este tesouro estaria supostamente guardado em Montségur. No entanto, quando Montségurcaiu, não foi encontrado nada de qualquer importância. E contudo existem certos incidentes extremamente singulares relacionados com o cerco e a capitulação da fortaleza.

Durante o cerco, o número dos atacantes era superior a dez mil. Com esta vasta força, os sitiantes tentaram cercar toda a montanha, impedindo as entradas e saídas e esperando vencer os defensores pela fome. No entanto, apesar da sua força numérica, faltava-lhes os efectivos militares suficientes para tornar o cerco completamente seguro. Além do mais, muitos soldados eram da região, e simpatizavam com os cátaros. E muitos simplesmente não eram de confiança. Em consequência, não era difícil passar despercebido através das linhas atacantes. Havia muitas brechas por onde os homens entravam e saíam sorrateiramente, e os abastecimentos conseguiam chegar à fortaleza.
Os cátaros aproveitaram-se destas brechas. Em Janeiro, quase três meses antes da queda da fortaleza, escaparam dois parfaits. Segundo relatos fiáveis, levavam com eles o grosso da riqueza material dos cátaros - ouro, prata e moedas, que levaram primeiro para uma gruta fortificada nas montanhas, e daí para um castelo aliado. Depois disso o tesouro desapareceu e nunca mais se ouviu falar dele.

Em 1 de Março, Montségur capitulou finalmente. Nessa altura os seus defensores eram menos de quatrocentos - cento e cinquenta a cento e oitenta eram parfaits, sendo os restantes cavaleiros, fidalgos rurais e respectivas famílias, e os soldados contratados. Foram-lhes concedidas condições surpreendentemente clementes. Os soldados receberiam total perdão por todos os seus "crimes" anteriores. Ser-lhes-ia permitido partir com as suas armas, bagagens e quaisquer presentes, incluindo dinheiro, que pudessem ter recebido dos seus amos. Os parfaits foram também alvo de uma generosidade inesperada. Desde que abjurassem das suas crenças hereges e confessassem os seus "pecados" à Inquisição, seriam libertados e sujeitos apenas a penitências ligeiras.

Os defensores pediram uma trégua de duas semanas, com uma suspensão total das hostilidades, para pesarem as condições. Em mais uma exibição de invulgar generosidade, os atacantes concordaram. Em troca os defensores ofereceram voluntariamente reféns. Acordou-se que, se alguém tentasse fugir da fortaleza, os reféns seriam executados.

Estariam os parfaits tão convictos das suas crenças que escolheram voluntariamente o martírio em vez da conversão? Ou havia algo que não podiam - ou não se atreviam - a confessar à Inquisição? Seja qual for a resposta, nem um dos parfaits, tanto quanto se sabe, aceitou as condições dos sitiantes. Pelo contrário, todos eles escolheram o martírio. Além disso, pelo menos vinte dos outros ocupantes da fortaleza, seis mulheres e cerca de quinze soldados, receberam voluntariamente o Consolamentum e tornaram-se também parfaits, condenando-se assim a uma morte certa.

A 15 de Março a trégua terminou. Ao nascer do dia seguinte, mais de duzentos parfaits foram rudemente arrastados pela encosta da montanha. Nenhum se retractou. Não havia tempo para erigir fogueiras individuais, portanto foram fechados numa grande paliçada cheia de madeira, no sopé da montanha, e queimados en masse. Confinados ao castelo, os restantes elementos da guarnição foram obrigados a assistir. Foram avisados de que, se algum tentasse escapar, isso significaria a morte para todos, bem como para os reféns.

No entanto, apesar deste risco, a guarnição tinha escondido secretamente quatro parfaits entre eles. E, na noite de 16 de Março, estes quatro homens, acompanhados por um guia, efectuaram uma fuga ousada - mais uma vez com conhecimento e conivência da guarnição. Desceram a íngreme encosta ocidental da montanha, suspensos por cordas e descendo em quedas de mais de cem metros de cada vez.

O que estavam estes homens a fazer? Qual era o objectivo desta fuga arriscada, que implicava tamanho risco, tanto para a guarnição como para os reféns? No dia seguinte podiam ter saído da fortaleza em liberdade, livres para continuarem com as suas vidas. E contudo, por alguma razão desconhecida, embarcaram numa perigosa fuga nocturna, que facilmente poderia ter significado a morte para si próprios e para os seus colegas.

Segundo a tradição, estes quatro homens levavam com eles o lendário tesouro cátaro. Mas o tesouro cátaro tinha sido clandestinamente retirado de Montségur três meses antes. E, de qualquer forma, que quantidade de "tesouro" - que quantidade de ouro, prata ou moedas - conseguiriam levar às costas três ou quatro homens, pendurados em cordas na encosta escarpada de uma montanha? Se os quatro fugitivos levavam de facto alguma coisa, parece claro que não se tratava de riquezas materiais.

O que poderiam eles transportar? Instrumentos da fé cátara, talvez - livros, manuscritos, ensinamentos secretos, relíquias, objectos religiosos de algum tipo; talvez algo que, por uma razão ou por outra, não pudessem permitir que caísse em mãos hostis. Isso poderia explicar a razão de terem empreendido esta fuga - uma fuga que implicava tão grande risco para todos os envolvidos. Mas, se qualquer coisa de natureza tão preciosa tinha, a todo o custo, de ser mantida longe de mãos hostis, porque não teria sido retirada antes da fortaleza? Porque não teria sido retirada com o tesouro material, três meses antes? Porque teria sido mantida na fortaleza até ao último e mais perigoso momento?
A data precisa da trégua permitiu-nos deduzir uma resposta possível para estas perguntas. Atrégua tinha sido requisitada pelos sitiados, que ofereceram voluntariamente reféns para a conseguirem obter. Por alguma razão, parece que os sitiados a consideravam necessária - embora com ela tenham apenas conseguido adiar o inevitável por mais duas semanas.

Talvez, concluímos nós, esse atraso fosse necessário para ganhar tempo. Não tempo em geral, mas aquele tempo específico, de forma a atingir aquela data específica. A trégua coincidiu com o equinócio da Primavera - e o equinócio pode muito bem ter gozado de algum estatuto ritual para os cátaros. Coincidiu também com a Páscoa. Mas os cátaros, que questionavam a relevância da Crucificação, não atribuíam qualquer importância particular à Páscoa. E no entanto sabe-se que foi levado a cabo um tipo qualquer de festival a 14 de Março, no dia antes do término da trégua. Parece haver poucas dúvidas de que a trégua foi pedida de forma a que este festival se pudesse realizar. E parece haver poucas dúvidas de que o festival não podia ser realizado numa data seleccionada ao acaso.

Aparentemente tinha de ser a 14 de Março. Independentemente de que festival se tratava, causou claramente uma forte impressão nos mercenários - alguns dos quais, desafiando a morte inevitável, se converteram ao credo cátaro. Poderia este facto esconder pelo menos uma chave parcial para o que foi retirado de Montségur duas noites mais tarde? Poderia o que foi retirado nessa altura ter sido necessário, de alguma forma, para o festival do dia 14? Poderia de alguma forma ter contribuído para persuadir pelo menos vinte dos defensores a tornarem-se parfaits no último momento? E poderia, de alguma forma, ter garantido o subsequente conluio dos membros da guarnição, mesmo colocando em risco as próprias vidas? Se a resposta a todas estas perguntas for sim, isso explicaria por que razão esse algo removido no dia 16 não foi retirado antes - em Janeiro, por exemplo, quando o tesouro monetário foi colocado em segurança. Esse algo teria sido necessário para o festival. E depois teria de ser mantido longe de mãos hostis.

O Mistério dos Cátaros

Enquanto ponderávamos estas conclusões, éramos constantemente recordados das lendas que ligam os cátaros ao Santo Graal. Não estávamos preparados para encarar o Graal como mais do que um mito. Com certeza que não estávamos preparados para afirmar que tinha realmente existido. Mesmo que tivesse existido, não conseguíamos imaginar que um copo ou uma taça, quer tenha contido o sangue de Jesus ou não, fosse tão preciosa para os cátaros - para quem Jesus, numa medida muito significativa, era apenas secundário. No entanto, as lendas continuavam a perseguir-nos e a confundir-nos.

Embora seja elusivo, parece realmente haver um elo qualquer entre os cátaros e todo o culto do Graal, tal como evoluiu durante os séculos XII e XIII. Vários escritores argumentaram que os romances sobre o Graal - os de Chrétien de Troyes e Wolfram von Eschenbach, por exemplo - são uma interpolação do pensamento cátaro, oculto num elaborado simbolismo, no coração da Cristandade ortodoxa. Pode haver algum exagero nessa afirmação, mas também há alguma verdade.

Durante a Cruzada Albigense, os eclesiásticos fulminaram os romances sobre o Graal, declarando-os perniciosos, se não mesmo hereges. E, em alguns destes romances, há passagens isoladas que são, não apenas altamente não ortodoxas mas inconfundivelmente dualistas - por outras palavras, cátaras.

E mais, Wolfram von Eschenbach, num dos seus romances sobre o Graal, declara que o castelo do Graal se situava nos Pirenéus
- uma afirmação que Richard Wagner, pelo menos, parece ter entendido literalmente. Segundo Wolfram, o nome do castelo do Graal era Munsalvaesche - aparentemente uma versão germanizada de Montsalvat, um termo cátaro. E, num dos poemas de Wolfram, o senhor do castelo do Graal chama-se Perilla. De forma bastante interessante, o senhor de Montségur era Raimon de Pereille - cujo nome, na sua forma latina, aparece em documentos da época como Perilla.

Se coincidências tão impressionantes insistiam em nos perseguir, também deviam, concluímos nós, ter perseguido Saunière
- que estava, afinal de contas, imerso nas lendas e folclore da região. E, tal como qualquer outro nativo da região, Saunière devia estar constantemente consciente da proximidade de Montségur, cujo destino trágico e pungente ainda domina a consciência local. Mas, para Saunière, a própria proximidade da fortaleza pode muito bem ter ocasionado certas implicações práticas.

Algo tinha sido retirado clandestinamente de Montségur, pouco depois de a trégua ter terminado. De acordo com a tradição, os quatro homens que escaparam da cidadela condenada levavam consigo o tesouro cátaro. Mas o tesouro monetário tinha sido retirado três meses antes. Poderia o "tesouro" cátaro, tal como o "tesouro" que Saunière descobrira, ter consistido primariamente num segredo? Poderia esse segredo estar relacionado, de alguma forma inimaginável, com algo que ficou conhecido como o Santo Graal? Parecia-nos inconcebível que os romances sobre o Graal pudessem ser entendidos literalmente.

De qualquer forma, o que quer que tenha sido retirado de Montségur, teve de ser levado para outro lugar. De acordo com a tradição, foi levado para as grutas fortificadas de Ornolac, em Ariège, onde um bando de cátaros foi exterminado pouco tempo depois. Mas nunca se encontrou nada, para além de esqueletos, em Ornolac. Por outro lado, Rennes-le-Château fica apenas a uma distância de meio dia a cavalo de Montségur. O que foi retirado de Montségur pode muito bem ter sido trazido para Rennes-le-Château ou, mais provavelmente, para uma das grutas que abundam como favos de mel nas montanhas circundantes. E, se o "segredo" de Montségur foi o que Saunière veio mais tarde a descobrir, isso explicaria obviamente muita coisa.

No caso dos cátaros, bem como no de Saunière, a palavra "tesouro" parece esconder outra coisa qualquer - um conhecimento ou informação de alguma espécie. Dada a aderência tenaz dos cátaros ao seu credo e a sua antipatia militante por Roma, interrogámo-nos se esse conhecimento ou informação (partindo do princípio que existe) não poderia estar de alguma forma relacionado com a Cristandade - com as doutrinas e a teologia da Cristandade, talvez com a sua história e origens. Seria possível, em suma, que os cátaros (ou pelo menos certos cátaros) soubessem de alguma coisa - qualquer coisa que contribuísse para o fervor frenético com que Roma buscava o seu extermínio? O padre que nos escrevera referia-se a "prova irrefutável". Poderiam os cátaros ter conhecido essa prova?

Na altura, podíamos apenas especular. E a informação sobre os cátaros era, de uma forma geral, tão escassa, que impossibilitava até a formação de uma hipótese praticável. Por outro lado, a nossa investigação sobre os cátaros tinha colidido repetidamente com outro assunto, ainda mais enigmático e misterioso, e rodeado de lendas evocativas. Este assunto era a Ordem dos Templários. Foi portanto para os templários que dirigimos em seguida a nossa investigação. E foi com os templários que as nossas pesquisas começaram a produzir documentação concreta, e o mistério começou a assumir proporções muito maiores do que alguma vez imagináramos.

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