Piano Bar Convívio

Lancelot escreveu:Mauricio, sabe o porquê do desaparecimento do MaggoBranco?



A policia pegou ele fazendo aguardente clandestina.

E esses milicos me compraram toda a produção...

MAGGOBRANCO escreveu:




E esses milicos me compraram toda a produção...

E depois ficaram assim...

Trouxe mais algumas coisinhas pro estoque.

Bom dia Mauricio.

Parece que a noite foi longa.

Café forte para mim por favor.

Nienna escreveu:

Lancelot escreveu:

Neo escreveu:Temos uma fotografa entre nós xD
A foto ficou ótima.

Neo que tal criar uma categoria para fotografia?

Adorei a idéia. Prometo contribuir constantemente.

E Obrigada Neo.

Maurício Jägermeister escreveu:

Lancelot escreveu:Bom dia Mauricio.

Parece que a noite foi longa.

Café forte para mim por favor.

Café até eu bebo...

Se me permitir, servirei uma para cada um de nós...

Concerteza meu caro.

E se por ventura vc quiser adicionar leite, eu fecho os olhos.

Lancelot escreveu:

Papai do céu, eu cruzo o mar a nado pra ir até esse bar!!!

Eu bem sei!

As dores serão sempre as mesmas, pois somos fracos pelos mesmo motivo.
As piadas sempre terão graça, pois rimos por pouco...

E nosso pouco, ainda é muito... Pra quem não tem um bom amigo.

Maurício Jägermeister escreveu:Se há uma coisa que posso deixar à vocês,... é que, por mais que mudem o blues, por mais que mudem as garrafas, por mais que mudem os bares,... serão sempre as mesmas dores!

Continuando então com as estórias, repartindo um pouco daquilo que repartiram primeiro comigo,...

Eis que em uma quente e ensolarada tarde de fevereiro, debruça-se sobre o balcão um sujeito e toda sua excentricidade. Ergue a aba de seu chapéu com um leve toque de sua mão, e me diz:

"Rápido garçom, me traga seu melhor whisky, esse seu amigo aqui só tem mais meia hora até que diabo descubra que morri e venha me levar embora.

Desculpe garçom pela pressa mas eu não tenho outra saída. Eis todo meu dinheiro, traga-me tudo em bebida! O pouco tempo que me resta que seja bem aproveitado. Não faço questão de festa mas quero estar embriagado!

Nada eu levo da vida, o que eu tenho é o que há no meu carro. Meus vinte melhores amigos estão num maço de cigarros.

Adeus meu bom amigo, adeus e muito obrigado. Espero beber contigo no bar que há lá do outro lado."

E a Nêmesis bem sabe que é verdade!

N.T.M. escreveu:Eu bem sei!

As dores serão sempre as mesmas, pois somos fracos pelos mesmo motivo.
As piadas sempre terão graça, pois rimos por pouco...

E nosso pouco, ainda é muito... Pra quem não tem um bom amigo.

Meus amigos, neste momento de introspecção me lembrei de algo:

Mudam-se os Tempos, Mudam-se as Vontades

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança:
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.

Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança:
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem (se algum houve) as saudades.

O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.

E afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto,
Que não se muda já como soía.

Luís Vaz de Camões, in "Sonetos"

"As coisas que fazem parte do meu dia a dia é que ditam meu som.
Desde cedo ouvia e ouço muito as coisas que me cerco aprendo com elas.
É uma fonte de sonso que não se repete, porque é o som da vida
que vai rolando sempre."
- Hermeto Pascoal

Mio Dio

Quanta filosofia....
Vai minha contribuição


O marido não deve ser o último a saber....
O marido não deve saber nunca....


O casamento não é culpado de nada.
Nós é que somos culpados de tudo.

A perfeita solidão h á de ter pelo menos a presença numerosa ...
de um amigo real

A fidelidade devia ser facultativa....


Deus está nas coincidências....

Nelson Rodrigues

As noites filosóficas deixam-me sempre de ressaca.

Mauricio, o que vc aconselha para curar ela?

Maurício Jägermeister escreveu:

Lancelot escreveu:As noites filosóficas deixam-me sempre de ressaca.

Mauricio, o que vc aconselha para curar ela?

Manter-se embriagado...

Então assim seja.

Me sirva um Whisky sem gelo, por favor.

Se sirva tambem, não gosto de beber sozinho.

Se é que não se serviu antes.

Mauricio, vc tem algo para acompanhar este soneto?

Amor, que o gesto humano na alma escreve

Amor, que o gesto humano na alma escreve,
Vivas faíscas me mostrou um dia,
Donde um puro cristal se derretia
Por entre vivas rosas e alva neve.

A vista, que em si mesma não se atreve,
Por se certificar do que ali via,
Foi convertida em fonte, que fazia
A dor ao sofrimento doce e leve.

Jura Amor que brandura de vontade
Causa o primeiro efeito; o pensamento
Endoudece, se cuida que é verdade.

Olhai como Amor gera, num momento
De lágrimas de honesta piedade,
Lágrimas de imortal contentamento.

Luís de Camões

Salte para o piano e toque uns acordes, enquanto eu recito ele.

" Ó melro dos milharais,
não cantes mais."

O whisky que vc serviu é forte mesmo.

Ah, Fortuna cruel! Ah, duros Fados!
Quão asinha em meu dano vos mudastes!
Passou o tempo que me descansastes;
Agora descansais com meus cuidados.

Deixastes-me sentir os bens passados,
Para mor dor da dor que me ordenastes;
Então núa hora juntos mos levastes,
Deixando em seu lugar males dobrados.

Ah! quanto milhor fora não vos ver,
Gostos, que assi passais tão de corrida
Que fico duvidoso se vos vi.

Sem vós já me não fica que perder,
Senão se for esta cansada vida
Que, por mor perda minha, não perdi.

Mauricio afixe este cartaz bem á vista de todos.

Ei! Não posso perder o momento filosófico.

"Estou hoje vencido, como se soubesse a verdade.
Estou hoje lúcido, como se estivesse para morrer,
E não tivesse mais irmandade com as coisas
Senão uma despedida, tornando-se esta casa e este lado da rua
A fileira de carruagens de um comboio, e uma partida apitada
De dentro da minha cabeça,
E uma sacudidela dos meus nervos e um ranger de ossos na ida.
Estou hoje perplexo, como quem pensou e achou e esqueceu.
Estou hoje dividido entre a lealdade que devo
À Tabacaria do outro lado da rua, como coisa real por fora,
E à sensação de que tudo é sonho, como coisa real por dentro."

O grande Fernando Pessoa!

Maurício, um café por favor.
Eu iria acompanhar meu amigo Lancelot, mas ele parece que ja perdeu a conta dos Whiskys. kkkkk (Acho bom trazer um café pra ele também.)