Este sentimento está cada vez mais raro e menos valorizado no mundo atual. Vivemos em uma sociedade onde ações, gestos e preocupações de um individuo para com seu semelhante estão se tornando exceções, quando na verdade deveriam ser a regra. Hoje percebemos um grande egoísmo do homem em tudo o que faz, e em todas as coisas e objetivos que quer atingir.
Em nosso dia a dia valorizamos muito pouco os pequenos gestos de ajuda e colaboração. Vejam os casos relatados diariamente nos jornais e nas TVs, o ser humano não pensa a longo prazo, pois o que hoje acontece com o outro um dia poderá acontecer com você.
Mas, qual o real significado de altruísmo ?????? é ser generoso ???? é ser solidário ?????..... Altruísmo, empatia, solidariedade, generosidade são todos conceitos relacionados, mas há diferenças e distinções importantes entre eles. Quando cientistas e cientistas sociais falam sobre altruísmo, geralmente estão falando de uma ação em que, para beneficiar o outro, o indivíduo arca com um custo ou prejuízo para si próprio. Embora o altruísmo tenha importância social, é muito mais uma ação pessoal, motivada por razões pessoais de diferentes tipos e voltada a alvos particulares. Solidariedade é um conceito mais social, baseado no sentimento coletivo de unidade, e não requer sacrifício pessoal. A generosidade pode ser uma forma de altruísmo, mas não precisa ser, tecnicamente falando. Todos os termos têm histórias e usos diferentes, vindos de diferentes tradições.
Ressentes estudos apresentam dois tipos de altruísmo: o biológico e o psicológico.
O biológico é baseado nas abelhas sacrificando-se pelo bem da comunidade, nas amebas sociais que se sacrificam para que outra parte da população sobreviva por mais um dia, em alguns tipos de flores que deixam de competir com membros da própria espécie, em morcegos hematófagos que dividem o sangue com membros do grupo que foram menos afortunados na caça, entre outros. Note que não há intenções nesses casos: o altruísmo biológico é definido como o resultado de uma ação, não pelas motivações por trás dela.
Falamos de altruísmo psicológico quando consideramos ações entre pessoas. Nesse caso, intenção é tudo: se ajudo uma senhora a atravessar a rua, mas ela sabe que só a estou ajudando porque quero que ela me inclua em seu testamento, ela corretamente não me verá como um altruísta, mesmo que eu seja atropelado por um caminhão e morra ao tentar ajudá-la.
Então, há uma grande diferença entre o altruísmo biológico, que é momentâneo e pertence à natureza, e o altruísmo psicológico, um fenômeno que vemos em humanos. Ainda assim, deve haver uma ligação entre os altruísmos biológico e psicológico........ Somos bons com os outros e ajudamos os outros porque somos verdadeiramente altruístas? Ou estamos seguindo algum tipo de imperativo biológico criado por milhões de anos de seleção natural para melhorar as nossas chances de sobrevivência?
Será que conseguimos saber quais são as motivações para os atos de altruísmo? .......Quando alguém encontra um mendigo na rua, pode decidir dar dinheiro a ele para diminuir o próprio sentimento de estresse. Essa forma de doação não é, portanto, altruísmo puro, mas, na verdade, uma forma de egoísmo. O mesmo vale para um filantropo que faz caridade para ganhar reputação como caridoso. Numa escala menor, quando fazemos boas ações para outros, há processos biológicos em nossos corpos que, inconscientemente, melhoram nosso bem-estar. Por isso, os cínicos geralmente dizem que não há algo como o altruísmo puro. Eles dizem: “Arranhe um altruísta e verá um egoísta sangrar”. Mas acredito nunca responderemos a essa questão de forma definitiva. Porque não temos as ferramentas para decompor as motivações humanas e chegar a essa resolução. A verdade é que as pessoas fazem o bem por várias razões, e geralmente por razões que parecem conflitantes, mas não o são. Ajudar um estranho que precisa pode satisfazer na mesma medida o senso altruísta de justiça social e empatia com relação ao outro como a necessidade do indivíduo de se sentir bem consigo mesmo......... O que conta, no final do dia, é o resultado dessas ações, mais do que suas causas: o fato de que pessoas receberam ajuda e cuidado é que é importante.
Não há dúvidas de que a educação e a cultura também têm um papel importantíssimo para incutir atitudes altruístas. Aprender com o nosso passado evolutivo é importante, mas tem seus limites, e a cultura é realmente um fator especial. Claramente, se você é ensinado a respeitar os outros como a si mesmo, e a valorizar esse preceito, seu posicionamento sobre a vida e os outros será diferente do que o de alguém que aprendeu a buscar o primeiro lugar num mundo ultra competitivo. As predisposições biológicas existem, mas são determinantes apenas em casos patológicos. A cultura e a educação realmente contam mais do que qualquer outra coisa.
O curioso é que as manifestações de altruísmo surgem quando nos deparamos com grandes tragédias. Nesses casos, como nos terremotos do Haiti e do Japão ou das enchentes no Rio de Janeiro, existe uma grande comoção, todos procuram notícias, tentam ajudar e são solidários com as pessoas afetadas. Esses casos nos levam às seguintes questões: Será que ainda podemos acreditar que é possível melhorar a sociedade em que vivemos?; Será que ainda há esperança de um dia vermos os seres humanos preocupados com outros seres humanos?; Por que o sentimento de solidariedade se manifesta, com grande ênfase, nos casos de tragédias de grande repercussão e muito pouco nos pequenos acontecimentos de nosso cotidiano?.
A banalização dos crimes e do “vou conquistar o que quero a qualquer preço”, mesmo que tenha que passar por cima de alguém, está deteriorando valores que faziam a vida ser mais justa, mais fraterna e mais humana. Ser solidário, companheiro, amigo e altruísta, entre tantos outros bons sentimentos, precisam ser resgatados para que se possa pensar, em longo prazo, numa sociedade onde sejamos menos desiguais e mais fraternos.
Em nosso dia a dia valorizamos muito pouco os pequenos gestos de ajuda e colaboração. Vejam os casos relatados diariamente nos jornais e nas TVs, o ser humano não pensa a longo prazo, pois o que hoje acontece com o outro um dia poderá acontecer com você.
Mas, qual o real significado de altruísmo ?????? é ser generoso ???? é ser solidário ?????..... Altruísmo, empatia, solidariedade, generosidade são todos conceitos relacionados, mas há diferenças e distinções importantes entre eles. Quando cientistas e cientistas sociais falam sobre altruísmo, geralmente estão falando de uma ação em que, para beneficiar o outro, o indivíduo arca com um custo ou prejuízo para si próprio. Embora o altruísmo tenha importância social, é muito mais uma ação pessoal, motivada por razões pessoais de diferentes tipos e voltada a alvos particulares. Solidariedade é um conceito mais social, baseado no sentimento coletivo de unidade, e não requer sacrifício pessoal. A generosidade pode ser uma forma de altruísmo, mas não precisa ser, tecnicamente falando. Todos os termos têm histórias e usos diferentes, vindos de diferentes tradições.
Ressentes estudos apresentam dois tipos de altruísmo: o biológico e o psicológico.
O biológico é baseado nas abelhas sacrificando-se pelo bem da comunidade, nas amebas sociais que se sacrificam para que outra parte da população sobreviva por mais um dia, em alguns tipos de flores que deixam de competir com membros da própria espécie, em morcegos hematófagos que dividem o sangue com membros do grupo que foram menos afortunados na caça, entre outros. Note que não há intenções nesses casos: o altruísmo biológico é definido como o resultado de uma ação, não pelas motivações por trás dela.
Falamos de altruísmo psicológico quando consideramos ações entre pessoas. Nesse caso, intenção é tudo: se ajudo uma senhora a atravessar a rua, mas ela sabe que só a estou ajudando porque quero que ela me inclua em seu testamento, ela corretamente não me verá como um altruísta, mesmo que eu seja atropelado por um caminhão e morra ao tentar ajudá-la.
Então, há uma grande diferença entre o altruísmo biológico, que é momentâneo e pertence à natureza, e o altruísmo psicológico, um fenômeno que vemos em humanos. Ainda assim, deve haver uma ligação entre os altruísmos biológico e psicológico........ Somos bons com os outros e ajudamos os outros porque somos verdadeiramente altruístas? Ou estamos seguindo algum tipo de imperativo biológico criado por milhões de anos de seleção natural para melhorar as nossas chances de sobrevivência?
Será que conseguimos saber quais são as motivações para os atos de altruísmo? .......Quando alguém encontra um mendigo na rua, pode decidir dar dinheiro a ele para diminuir o próprio sentimento de estresse. Essa forma de doação não é, portanto, altruísmo puro, mas, na verdade, uma forma de egoísmo. O mesmo vale para um filantropo que faz caridade para ganhar reputação como caridoso. Numa escala menor, quando fazemos boas ações para outros, há processos biológicos em nossos corpos que, inconscientemente, melhoram nosso bem-estar. Por isso, os cínicos geralmente dizem que não há algo como o altruísmo puro. Eles dizem: “Arranhe um altruísta e verá um egoísta sangrar”. Mas acredito nunca responderemos a essa questão de forma definitiva. Porque não temos as ferramentas para decompor as motivações humanas e chegar a essa resolução. A verdade é que as pessoas fazem o bem por várias razões, e geralmente por razões que parecem conflitantes, mas não o são. Ajudar um estranho que precisa pode satisfazer na mesma medida o senso altruísta de justiça social e empatia com relação ao outro como a necessidade do indivíduo de se sentir bem consigo mesmo......... O que conta, no final do dia, é o resultado dessas ações, mais do que suas causas: o fato de que pessoas receberam ajuda e cuidado é que é importante.
Não há dúvidas de que a educação e a cultura também têm um papel importantíssimo para incutir atitudes altruístas. Aprender com o nosso passado evolutivo é importante, mas tem seus limites, e a cultura é realmente um fator especial. Claramente, se você é ensinado a respeitar os outros como a si mesmo, e a valorizar esse preceito, seu posicionamento sobre a vida e os outros será diferente do que o de alguém que aprendeu a buscar o primeiro lugar num mundo ultra competitivo. As predisposições biológicas existem, mas são determinantes apenas em casos patológicos. A cultura e a educação realmente contam mais do que qualquer outra coisa.
O curioso é que as manifestações de altruísmo surgem quando nos deparamos com grandes tragédias. Nesses casos, como nos terremotos do Haiti e do Japão ou das enchentes no Rio de Janeiro, existe uma grande comoção, todos procuram notícias, tentam ajudar e são solidários com as pessoas afetadas. Esses casos nos levam às seguintes questões: Será que ainda podemos acreditar que é possível melhorar a sociedade em que vivemos?; Será que ainda há esperança de um dia vermos os seres humanos preocupados com outros seres humanos?; Por que o sentimento de solidariedade se manifesta, com grande ênfase, nos casos de tragédias de grande repercussão e muito pouco nos pequenos acontecimentos de nosso cotidiano?.
A banalização dos crimes e do “vou conquistar o que quero a qualquer preço”, mesmo que tenha que passar por cima de alguém, está deteriorando valores que faziam a vida ser mais justa, mais fraterna e mais humana. Ser solidário, companheiro, amigo e altruísta, entre tantos outros bons sentimentos, precisam ser resgatados para que se possa pensar, em longo prazo, numa sociedade onde sejamos menos desiguais e mais fraternos.