Saudações!
Hoje gostaria de falar sobre algo que é essencialmente um aspecto psico-emocional.
A Projecção, neste caso, não se refere a uma técnica magística ou espiritual, mas ao acto de espelhar no outro comportamentos que na realidade são meus, atribuindo-os a alguém fora de mim. Do mesmo modo, sem que haja projecção, o espelhar-se no outro, ou rever-se no outro, pode ocorrer de forma natural e não nociva ao outro ou a nós.
A Projecção pode também ser de uma realidade que eu desejo ou acredito, referente a uma pessoa ou situação, sem que esta seja real, ainda que eu me iluda a pensar que assim é.
Normalmente este tipo de comportamento é uma forma de ilusão que permite ao ser humano uma fuga à realidade, acabando por trabalhar a sua sombra ao lidar com ela... no outro. O problema acaba por surgir principalmente quando nunca assumimos que o problema está em nós e não lidamos conosco, não nos trabalhamos e ficamos sempre a achar que é o "outro" que tem todos os problemas e que nós, coitadinhos de nós, somos vítimas de um mundo injusto, já que não somos "nada daquilo". É normalmente o que não aceitamos que acabamos por projectar no outro, ainda que a forma de o fazer seja inconsciente e passiva em grande parte das vezes.
Claro que por vezes "o outro" aceita consciente ou inconscientemente essa projecção e começa a agir exactamente da forma que projectámos, tornando-se um "actor particular" no palco que criámos para viver essa realidade.
Uma dica em especial é se determinada pessoa só age de determinada forma com você. Nesses casos é mesmo bom tentar inferir se existem problemas que não são discutidos entre os dois, ou se há realmente uma projecção que está a ser aceite. Lembrando que também nós podemos tornar-nos actores para os outros, sem consciência disso...
Todos nós estamos ligados uns aos outros e aprendemos mergulhando em nós próprios bem como nos espelhando uns nos outros.
Lembrando que atraímos as lições que precisamos, este é um recurso inconsciente que no dia-a-dia é comum ser utilizado. Tornarmo-nos conscientes do que projectamos e das projecções que aceitamos ajuda-nos a auto-conhecermo-nos e principalmente a não sermos joguetes das circunstâncias.
Um bom mago, um bom espiritualista, tenta sempre aprender como age e reage mediante a Vida, pois não só se deve conhece a si próprio como entender que este é o primeiro passo para alquimizar a sua realidade.
Como assim?
Bem, é que o que eu vibro no meu íntimo, eu atraio. E se eu não estou consciente da minha Sombra, ela vai afectar a minha realidade sem que eu consiga ter algo a dizer sobre isso. Rapidamente estarei projectando aspectos dela sobre os que me rodeiam; e atraindo aspectos dela nos que me rodeiam; e vivendo no meio do negativismo que ela tem e não é transmutado!
Claro, há sempre alturas em que somos colocados num meio negativado com um propósito, ou que há um aspecto que nos rodeia num dado momento e que já resolvemos em nós, já integrámos, mas sejamos sinceros - isso acontece 2 a 5% das vezes... Todas as outras são uma chamada de atenção para que entendamos um aspecto ou um processo. Para que mergulhemos em nós, nos trabalhemos e aceitemos.
Então paremos para observar...
- O meu patrão chato e implicativo é de facto assim, está a reagir a mim e tornou-se um actor na minha peça privada, ou a implicância dele é apenas uma projecção minha, que na realidade só existe aos meus olhos, na minha cabeça?
- A dificuldade em executar uma determinada tarefa é real, ou uma projecção do medo de falhar?
- O atrito e irritação constante no lar são reais, ou estão em mim apenas? E eu acabo vendo como se estivesse na família?
- Os problemas com companheiros e cônjuges são reais, ou algo que eu crio a partir das minhas próprias falhas, que acabo projectando no outro?
Lidar com o outro ensina-nos quem somos, quem queremos ser e em quem não nos queremos tornar.
Um bom mago, um bom espiritualista além de se tentar conhecer melhor, sabe que o primeiro trabalho a desenvolver é consigo e que é trabalhando-se que atrai o que precisa para a sua vida e afasta tudo o que já não faz parte do seu caminho. Na realidade, as coisas que resolvemos em nós, as projecções que paramos de fazer permitem que tudo o que nos rodeia melhore. E podemos fazer isso de modo consciente. Aquilo que já não faz parte do meu caminho e era negativo, mais não é do que atrações negativas que eu deixo de fazer porque há afinidades que deixo de ter, vibrações negativas que paro de emanar e projecções inconscientes que paro de fazer.
A primeira Magia do ser humano é a alquimia do que o rodeia pela simples mudança de padrão vibratório e tomada de consciência. E isto é o mais difícil.
Não é o aprender os rituais, sem falha alguma, e com total conhecimento teórico. Não. É a lapidação diária e a conscientização diária o verdadeiro trabalho do Mago, a primeira e mais importante magia que todos temos a realizar.
Por muito que possamos pedir ajuda aos Céus e acender imensas velas para que este processo seja amparado, a verdade é que é o enfrentar da nossa Sombra (para que posteriormente esta possa ser trabalhada) o nosso maior e mais difícil trabalho.
Esse trabalho dura vidas. Eras. Dão-se passos em frente e passos atrás. Mas sem essa vontade e essa coragem, não há melhoria interior. E sem melhoria interior, de que servirá todo o resto?
Abraços e boas noites...
Hoje já não divago mais.
Hoje gostaria de falar sobre algo que é essencialmente um aspecto psico-emocional.
A Projecção, neste caso, não se refere a uma técnica magística ou espiritual, mas ao acto de espelhar no outro comportamentos que na realidade são meus, atribuindo-os a alguém fora de mim. Do mesmo modo, sem que haja projecção, o espelhar-se no outro, ou rever-se no outro, pode ocorrer de forma natural e não nociva ao outro ou a nós.
A Projecção pode também ser de uma realidade que eu desejo ou acredito, referente a uma pessoa ou situação, sem que esta seja real, ainda que eu me iluda a pensar que assim é.
Normalmente este tipo de comportamento é uma forma de ilusão que permite ao ser humano uma fuga à realidade, acabando por trabalhar a sua sombra ao lidar com ela... no outro. O problema acaba por surgir principalmente quando nunca assumimos que o problema está em nós e não lidamos conosco, não nos trabalhamos e ficamos sempre a achar que é o "outro" que tem todos os problemas e que nós, coitadinhos de nós, somos vítimas de um mundo injusto, já que não somos "nada daquilo". É normalmente o que não aceitamos que acabamos por projectar no outro, ainda que a forma de o fazer seja inconsciente e passiva em grande parte das vezes.
Claro que por vezes "o outro" aceita consciente ou inconscientemente essa projecção e começa a agir exactamente da forma que projectámos, tornando-se um "actor particular" no palco que criámos para viver essa realidade.
Uma dica em especial é se determinada pessoa só age de determinada forma com você. Nesses casos é mesmo bom tentar inferir se existem problemas que não são discutidos entre os dois, ou se há realmente uma projecção que está a ser aceite. Lembrando que também nós podemos tornar-nos actores para os outros, sem consciência disso...
Todos nós estamos ligados uns aos outros e aprendemos mergulhando em nós próprios bem como nos espelhando uns nos outros.
Lembrando que atraímos as lições que precisamos, este é um recurso inconsciente que no dia-a-dia é comum ser utilizado. Tornarmo-nos conscientes do que projectamos e das projecções que aceitamos ajuda-nos a auto-conhecermo-nos e principalmente a não sermos joguetes das circunstâncias.
Um bom mago, um bom espiritualista, tenta sempre aprender como age e reage mediante a Vida, pois não só se deve conhece a si próprio como entender que este é o primeiro passo para alquimizar a sua realidade.
Como assim?
Bem, é que o que eu vibro no meu íntimo, eu atraio. E se eu não estou consciente da minha Sombra, ela vai afectar a minha realidade sem que eu consiga ter algo a dizer sobre isso. Rapidamente estarei projectando aspectos dela sobre os que me rodeiam; e atraindo aspectos dela nos que me rodeiam; e vivendo no meio do negativismo que ela tem e não é transmutado!
Claro, há sempre alturas em que somos colocados num meio negativado com um propósito, ou que há um aspecto que nos rodeia num dado momento e que já resolvemos em nós, já integrámos, mas sejamos sinceros - isso acontece 2 a 5% das vezes... Todas as outras são uma chamada de atenção para que entendamos um aspecto ou um processo. Para que mergulhemos em nós, nos trabalhemos e aceitemos.
Então paremos para observar...
- O meu patrão chato e implicativo é de facto assim, está a reagir a mim e tornou-se um actor na minha peça privada, ou a implicância dele é apenas uma projecção minha, que na realidade só existe aos meus olhos, na minha cabeça?
- A dificuldade em executar uma determinada tarefa é real, ou uma projecção do medo de falhar?
- O atrito e irritação constante no lar são reais, ou estão em mim apenas? E eu acabo vendo como se estivesse na família?
- Os problemas com companheiros e cônjuges são reais, ou algo que eu crio a partir das minhas próprias falhas, que acabo projectando no outro?
Lidar com o outro ensina-nos quem somos, quem queremos ser e em quem não nos queremos tornar.
Um bom mago, um bom espiritualista além de se tentar conhecer melhor, sabe que o primeiro trabalho a desenvolver é consigo e que é trabalhando-se que atrai o que precisa para a sua vida e afasta tudo o que já não faz parte do seu caminho. Na realidade, as coisas que resolvemos em nós, as projecções que paramos de fazer permitem que tudo o que nos rodeia melhore. E podemos fazer isso de modo consciente. Aquilo que já não faz parte do meu caminho e era negativo, mais não é do que atrações negativas que eu deixo de fazer porque há afinidades que deixo de ter, vibrações negativas que paro de emanar e projecções inconscientes que paro de fazer.
A primeira Magia do ser humano é a alquimia do que o rodeia pela simples mudança de padrão vibratório e tomada de consciência. E isto é o mais difícil.
Não é o aprender os rituais, sem falha alguma, e com total conhecimento teórico. Não. É a lapidação diária e a conscientização diária o verdadeiro trabalho do Mago, a primeira e mais importante magia que todos temos a realizar.
Por muito que possamos pedir ajuda aos Céus e acender imensas velas para que este processo seja amparado, a verdade é que é o enfrentar da nossa Sombra (para que posteriormente esta possa ser trabalhada) o nosso maior e mais difícil trabalho.
Esse trabalho dura vidas. Eras. Dão-se passos em frente e passos atrás. Mas sem essa vontade e essa coragem, não há melhoria interior. E sem melhoria interior, de que servirá todo o resto?
Abraços e boas noites...
Hoje já não divago mais.