Muita gente confunde a expressão “livre pensamento” com religiosidade e/ou crença em deidades. Mas este é um erro mais do que comum. O ponto é que tais ideais vieram da Revolução Francesa: Liberté, Egalité, Fraternité, ou la mort! (Liberdade, Igualdade, Fraternidade ou morte!) foram justamente o lema desta revolução.
O livre pensamento nasceu exatamente do mesmo movimento (ou ao mesmo tempo dele) que gerou, depois, a Revolução Francesa: o iluminismo. Este foi um movimento cultural da elite de intelectuais do século XVIII na Europa, que promoveu o intercâmbio intelectual e foi contra a intolerância e os abusos da Igreja e do Estado. Assim, não poderiam haver coisas mais contrárias do que a religião e o livre pensamento.
Mas há mais do que argumentos históricos para demonstrar esta oposição: temos a lógica. O ponto é que as religiões impõem às pessoas uma forma pronta de pensar, a qual é apresentada na forma de livros sagrados (Bíblia, Torá, Alcorão, etc.), dogmas (da castidade, de ser contra a homossexualidade, o da submissão das mulheres, etc.) e de todo o tipo de mandamento criado por elas.
O próprio fato de haver uma única pessoa (o Papa, no caso da ICAR) para fazer a “ligação a deus” já garante a ideia do pensamento único. (Não se esqueça que o papa é dito infalível.) Os dogmas, que são históricos de cada religião, garantem que esse pensamento seja, além de único, imutável. Ou seja, é a melhor forma de garantir que exista uma única verdade fundamental e imutável, à qual todos os seguidores daquela religião estarão submetidos.
A própria estrutura religiosa, que apresenta um clérigo que fala e uma multidão que apenas ouve, sem a permissão de questionar ou discordar, é outro fator que garante o pensamento único e imutável. Esta estrutura é a garantia contra qualquer tipo de debate de ideias, o qual poderia garantir sua evolução no tempo e, assim, a possibilidade de que se encontre ideias melhores.
Exatamente por isso tudo o livre pensamento é absolutamente contra que se sigam ideias por mera tradição, a imposição de qualquer autoridade inquestionável e o estabelecimento de qualquer dogma. É a garantia básica para que debates possam existir, assim como de que as diferenças possam ser aceitas, por mais que se discorde delas.
É por isso tudo, também, que o livre pensamento exige diversas outras liberdades, sendo a principal delas a “liberdade de expressão” (sem agredir a moral, o respeito e o sentimento de quem quer que seja). Calar alguém é, em suma, castrar ideias que, se debatidas, poderiam nos levar a lugares melhores.
“Posso não concordar com nenhuma das palavras que você disser, mas defenderei até a morte o direito de você dizê-las.”
— Evelyn ]eatrice hall
Outra exigência do livre pensamento a respeito de ideias, é que todas devem ser debatidas, analisadas e reanalisadas, refutadas, argumentadas, defendidas e combatidas, de preferência com argumentos. Esse é seu papel, caso contrário jamais poderão ser testadas para avaliar sua correção ou erro.
Assim, o livre pensamento não é, necessariamente, contra a crença em deidades. Tanto é verdade que deístas também são tidos como livres pensadores. Afinal, o deísmo nada mais é que uma postura filosófica que admite a existência de um deus criador, mas que não nega a realidade de um mundo completamente regido pelas leis naturais e científicas sem interferência divina. Isto inclui, por óbvio, os agnósticos também. Quanto a ser contra ou não a crença em divindades, vai de cada livre pensador – e normalmente é assim que os ateus (ou ao menos alguns ateus) pensam.
Portanto, o problema do livre pensamento não é com crenças, mas com a tentativa de impor crenças e formas únicas de pensar às demais pessoas. Isto inclui não só a religião, mas também as pseudociências. Quer dizer, não importa que você acredite em X ou Y, apenas não tente impor suas crenças às demais pessoas: deixe-as pensar por si mesmas, analisar os argumentos e possíveis evidências para, depois, concluir algo. O que é exatamente o contrário que as religiões fazem: “aceite e cale a boca, ou será excomungado”.
Isso tudo é que é o livre pensamento . Não é ser contra pessoas por suas crenças, mas é ser contra o pensamento único e imutável, contra a imposição a intolerância ao diferente que isto gera. O livre pensamento não é, nem nunca será, religiosidade ou submissão à religiosidade.
O livre pensamento nasceu exatamente do mesmo movimento (ou ao mesmo tempo dele) que gerou, depois, a Revolução Francesa: o iluminismo. Este foi um movimento cultural da elite de intelectuais do século XVIII na Europa, que promoveu o intercâmbio intelectual e foi contra a intolerância e os abusos da Igreja e do Estado. Assim, não poderiam haver coisas mais contrárias do que a religião e o livre pensamento.
Mas há mais do que argumentos históricos para demonstrar esta oposição: temos a lógica. O ponto é que as religiões impõem às pessoas uma forma pronta de pensar, a qual é apresentada na forma de livros sagrados (Bíblia, Torá, Alcorão, etc.), dogmas (da castidade, de ser contra a homossexualidade, o da submissão das mulheres, etc.) e de todo o tipo de mandamento criado por elas.
O próprio fato de haver uma única pessoa (o Papa, no caso da ICAR) para fazer a “ligação a deus” já garante a ideia do pensamento único. (Não se esqueça que o papa é dito infalível.) Os dogmas, que são históricos de cada religião, garantem que esse pensamento seja, além de único, imutável. Ou seja, é a melhor forma de garantir que exista uma única verdade fundamental e imutável, à qual todos os seguidores daquela religião estarão submetidos.
A própria estrutura religiosa, que apresenta um clérigo que fala e uma multidão que apenas ouve, sem a permissão de questionar ou discordar, é outro fator que garante o pensamento único e imutável. Esta estrutura é a garantia contra qualquer tipo de debate de ideias, o qual poderia garantir sua evolução no tempo e, assim, a possibilidade de que se encontre ideias melhores.
Exatamente por isso tudo o livre pensamento é absolutamente contra que se sigam ideias por mera tradição, a imposição de qualquer autoridade inquestionável e o estabelecimento de qualquer dogma. É a garantia básica para que debates possam existir, assim como de que as diferenças possam ser aceitas, por mais que se discorde delas.
É por isso tudo, também, que o livre pensamento exige diversas outras liberdades, sendo a principal delas a “liberdade de expressão” (sem agredir a moral, o respeito e o sentimento de quem quer que seja). Calar alguém é, em suma, castrar ideias que, se debatidas, poderiam nos levar a lugares melhores.
“Posso não concordar com nenhuma das palavras que você disser, mas defenderei até a morte o direito de você dizê-las.”
— Evelyn ]eatrice hall
Outra exigência do livre pensamento a respeito de ideias, é que todas devem ser debatidas, analisadas e reanalisadas, refutadas, argumentadas, defendidas e combatidas, de preferência com argumentos. Esse é seu papel, caso contrário jamais poderão ser testadas para avaliar sua correção ou erro.
Assim, o livre pensamento não é, necessariamente, contra a crença em deidades. Tanto é verdade que deístas também são tidos como livres pensadores. Afinal, o deísmo nada mais é que uma postura filosófica que admite a existência de um deus criador, mas que não nega a realidade de um mundo completamente regido pelas leis naturais e científicas sem interferência divina. Isto inclui, por óbvio, os agnósticos também. Quanto a ser contra ou não a crença em divindades, vai de cada livre pensador – e normalmente é assim que os ateus (ou ao menos alguns ateus) pensam.
Portanto, o problema do livre pensamento não é com crenças, mas com a tentativa de impor crenças e formas únicas de pensar às demais pessoas. Isto inclui não só a religião, mas também as pseudociências. Quer dizer, não importa que você acredite em X ou Y, apenas não tente impor suas crenças às demais pessoas: deixe-as pensar por si mesmas, analisar os argumentos e possíveis evidências para, depois, concluir algo. O que é exatamente o contrário que as religiões fazem: “aceite e cale a boca, ou será excomungado”.
Isso tudo é que é o livre pensamento . Não é ser contra pessoas por suas crenças, mas é ser contra o pensamento único e imutável, contra a imposição a intolerância ao diferente que isto gera. O livre pensamento não é, nem nunca será, religiosidade ou submissão à religiosidade.