Com certeza muitos de vocês ja devem ter visto um ou outro texto onde é possível ler referências ao conceito de Mundo Sublunar. Tal conceito foi apresentado pela primeira vez pelo filósofo Aristóteles, que entre outras coisas, adotava o modelo geocêntrico para explicar o movimento dos astros. Tal modelo pressupunha que a terra era o centro do universo e os astros giravam ao seu redor.
Através de tal modelo, Aristóteles postulou que o universo era dividido em esferas, como na figura acima. Sendo que uma destas esferas compreendia o espaço entre a Lua e a Terra, sendo por isso chamado de Mundo Sublunar. E as esferas que se formavam a partir da Lua, em direção ao espaço, compreendiam o Mundo Supralunar.
Toda a física de Aristóteles girava em torno, não apenas da terra, como da explicação do que era o MOVIMENTO em si. Por isso, para ele, todos os movimentos executados pelos astros que estavam compreendidos nas esferas presentes no Mundo Supralunar, eram considerados movimentos perfeitos, pois eram circulares (Círculo=Perfeição), já os movimentos executados no Mundo Sublunar eram, em sua maioria, retilíneos e por isso não perfeitos.
Desta forma, podemos entender que tudo que está compreendido dentro do Mundo Sublunar é imperfeito.
Logo, a filosofia tomou o conceito Aristotélico de Mundo Sublunar imperfeito emprestado, caindo também caiu nas graças dos ensinamentos ocultos. Afinal, basta que façamos uma breve observação dos nossos conceitos de perfeição para que entendamos melhor esta associação.
O nosso conceito de perfeição é sempre vinculado ao que está acima de nós, em um patamar a mais. A perfeição é uma escada através da qual se deve subir de degrau em degrau.
Não é a toa que colocamos Deus no céu. Não apenas pq lá estão a maioria dos mistérios, mas também por ser um local elevado.
Assim, ao observarmos o conceito que se faz de imperfeição e erro, podemos ver que existe uma grande associação a queda, rebaixamento... Lembremos do conceito de "queda do homem", "anjo caído" e etc... Logo, o mundo das imperfeições é justamente este que se encontra nos patamares mais baixos, nas vibrações mais baixas.
Desta forma, o Mundo Sublunar é o mundo das imperfeições, não apenas para os conceitos físicos Aristotélicos, como para os conceitos oculto-filosóficos, que englobam todas as coisas na tentativa de uma melhor explicação do todo.
Assim, espero que tenha ficado um pouco mais fácil a compreensão do conceito Mundo Sublunar, um conceito que denota desordem, imperfeição, mas que também pode ser entendido como um degrau na grande escada evolutiva, o caos necessário para o surgimento de uma estrela.
"Eu quero criar um caos em você, porque do caos é que nascem estrelas".
Nietzsche
Através de tal modelo, Aristóteles postulou que o universo era dividido em esferas, como na figura acima. Sendo que uma destas esferas compreendia o espaço entre a Lua e a Terra, sendo por isso chamado de Mundo Sublunar. E as esferas que se formavam a partir da Lua, em direção ao espaço, compreendiam o Mundo Supralunar.
Toda a física de Aristóteles girava em torno, não apenas da terra, como da explicação do que era o MOVIMENTO em si. Por isso, para ele, todos os movimentos executados pelos astros que estavam compreendidos nas esferas presentes no Mundo Supralunar, eram considerados movimentos perfeitos, pois eram circulares (Círculo=Perfeição), já os movimentos executados no Mundo Sublunar eram, em sua maioria, retilíneos e por isso não perfeitos.
O Mundo Sublunar constituído por quatro das cinco substâncias primordiais, o ar, água, terra, fogo. Assim, devido à mistura destas quatro substâncias tudo sofre mutação, tudo é corrompido. Para Aristóteles, no mundo sublunar existe mudança e esta é símbolo de desequilíbrio, imperfeição, pelo que o nosso mundo não é perfeito.
Os movimentos naturais dos corpos terrestres são rectilíneos, ascendentes (fogo, ar) e descendentes (terra e água). Os movimentos não rectilíneos são sempre violentos ou forçados por algo exterior ao corpo que se move. Assim, supõem uma violação da ordem natural. Além disso, todos os movimentos se realizam com vista a um fim: a manutenção da ordem do conjunto. Se a ordem se altera, a natureza tem os mecanismos adequados para restabelecer a ordem necessária e justa.
Desta forma, podemos entender que tudo que está compreendido dentro do Mundo Sublunar é imperfeito.
Logo, a filosofia tomou o conceito Aristotélico de Mundo Sublunar imperfeito emprestado, caindo também caiu nas graças dos ensinamentos ocultos. Afinal, basta que façamos uma breve observação dos nossos conceitos de perfeição para que entendamos melhor esta associação.
O nosso conceito de perfeição é sempre vinculado ao que está acima de nós, em um patamar a mais. A perfeição é uma escada através da qual se deve subir de degrau em degrau.
Não é a toa que colocamos Deus no céu. Não apenas pq lá estão a maioria dos mistérios, mas também por ser um local elevado.
Assim, ao observarmos o conceito que se faz de imperfeição e erro, podemos ver que existe uma grande associação a queda, rebaixamento... Lembremos do conceito de "queda do homem", "anjo caído" e etc... Logo, o mundo das imperfeições é justamente este que se encontra nos patamares mais baixos, nas vibrações mais baixas.
Desta forma, o Mundo Sublunar é o mundo das imperfeições, não apenas para os conceitos físicos Aristotélicos, como para os conceitos oculto-filosóficos, que englobam todas as coisas na tentativa de uma melhor explicação do todo.
Assim, espero que tenha ficado um pouco mais fácil a compreensão do conceito Mundo Sublunar, um conceito que denota desordem, imperfeição, mas que também pode ser entendido como um degrau na grande escada evolutiva, o caos necessário para o surgimento de uma estrela.
"Eu quero criar um caos em você, porque do caos é que nascem estrelas".
Nietzsche